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13 de dezembro de 2010

Cristo Noel?


Por Sinclair Ferguson

Peguei a mão do meu filho pequeno (isso foi há algumas décadas), enquanto caminhávamos até uma loja local numa pequena e remota ilha Escocesa, onde, no início daquele ano, eu tinha sido instalado como pastor. Era semana de Natal. A loja estava bem decorada e um ar de entusiasmo estava em toda a parte.

Sem qualquer aviso, as conversas dos clientes foram interrompidas por uma voz questionadora ao meu lado. Meu filho, levantando o dedo indicador, apontou para um grande desenho do Papai Noel. “Papai, quem é aquele homem de aparência engraçada”, ele perguntou.

Espanto espalhou-se pelos rostos dos compradores, olhares acusadores eram dirigidos a mim. Que vergonha, o filho do pastor não reconheceu o Papai Noel! Qual a probabilidade, então, de ouvir algo bom em sua pregação nessa época festiva?

Essas experiências podem nos fazer chorar ao perceber como o mundo ocidental se dá todos os anos ao Papai Noel e ao comércio. Nós acabamos celebrando uma festa pagã retrabalhada, em que a única ligação com a encarnação é semântica. Noel é adorado, e não o Salvador; peregrinos vão às lojas com cartões de crédito, não para a manjedoura com presentes. É a festa da indulgência, e não da encarnação.

É sempre mais fácil lamentar e criticar o novo paganismo do secularismo idólatra flagrante do que ver a facilidade com que a igreja – e nós mesmos – distorcemos ou diluimos a mensagem da encarnação a fim de satisfazer os nossos próprios gostos. Mas sendo criteriosos, infelizmente, temos várias maneiras comuns em que transformamos o Salvador em uma espécie de Papai Noel.

Cristianismo Papai Noel

Por um lado, em nossa adoração no Natal, podemos envernizar a verdade espantosa da encarnação com uma roupagem visual e auditiva esteticamente agradável. Nós confundimos prazer emocional – ou pior, sentimento – com verdadeira adoração.

Por outro lado, podemos denegrir o nosso Senhor com uma cristologia de papai noel. Infelizmente, é comum a Igreja fabricar um Jesus que é o reflexo do Papai Noel. Ele torna-se um Cristo Noel.

Esse Cristo Noel é, por vezes, um Jesus pelagiano. Como Papai Noel, ele simplesmente pergunta-nos se temos sido bons. Mais exatamente, uma vez que o pressuposto é que todos nós somos naturalmente bons, Cristo Noel pergunta-nos se temos sido “suficientemente bons”. Assim como a ceia de Natal é simplesmente o jantar que realmente merecemos, Jesus torna-se uma espécie de bônus que faz nossa vida ainda melhor. Ele não é visto como o Salvador dos pecadores desamparados.

Ou o Cristo Noel pode ser um Jesus semi-pelagiano – um Jesus um pouco mais sofisticado, que, como o Papai Noel, dá brindes para aqueles que já tenham feito o melhor que podiam! Assim, a mão de Jesus, como o saco do Papai Noel, só abre quando conseguimos dar uma boa resposta para a pergunta não muito pesada, “Você fez o seu melhor este ano?” A única diferença da teologia medieval aqui é que nós não usamos mais a fraseologia Latina: facere quod in se est (fazer o que se é capaz de fazer por conta própria, ou, na linguagem comum, “Deus ajuda aqueles que se ajudam”).

Ou então, o Cristo Noel pode ser um Jesus místico, que, como Papai Noel, é importante devido às boas experiências que temos quando pensamos sobre ele, independentemente da sua realidade histórica. Realmente não importa se a história é verdadeira ou não, o importante é o espírito do Cristo Noel. Na verdade, seria ruim contar isso para as crianças, mas todos podem fazer o seu próprio Cristo Noel. Contanto que nós tenhamos esse espírito, está tudo bem.

Mas Jesus não pode ser identificado com o Papai Noel. Por mais que ao falarem de Papai Noel as pessoas empreguem uma linguagem religiosa, não se deve confundir isso com a verdade bíblica.

O Cristo do Natal

As Escrituras sistematicamente retiram o verniz que cobre a verdadeira história de Natal. Jesus não veio para aumentar o nosso conforto. Ele não veio para ajudar aqueles que já estavam ajudando a si mesmos ou para preencher a vida com mais experiências agradáveis. Ele veio em uma missão de libertação, para salvar os pecadores, e para isso ele tinha que destruir as obras do Diabo (Mt 1:21; 1 João 3:8b).

Aqueles cujas vidas estavam intimamente ligadas com os acontecimentos do primeiro Natal não acharam seu nascimento uma experiência tranquila e agradável.

Maria e José tiveram suas vidas reviradas de cabeça para baixo.

A noite dos pastores foi assustadoramente interrompida e aquilo mudou a rotina deles.

Os magos enfrentaram todos os tipos de separação e transtorno familiar.

O próprio Senhor Jesus, concebido antes do casamento, nasceu provavelmente em uma caverna, e passaria seus primeiros dias como um refugiado do sanguinário e vingativo Herodes (Mateus 2:13-21).

Há, portanto, um elemento nas narrativas do Evangelho, que salienta que a vinda de Jesus é um evento perturbador das maiores proporções. Tinha que ser assim, pois Ele não veio apenas para acrescentar algo mais à vida, mas para lidar com nossa falência espiritual e com a dívida de nossos pecados. Ele não foi concebido no ventre de Maria para aqueles que fizeram o seu melhor, mas para aqueles que sabem que o melhor que podem fazer é “como trapo imundo” (Isaías 64:6), estão longes de serem bons o suficiente e que, em sua carne não habita nenhum bem (Rm 7:18). Ele não foi enviado para ser a fonte de boas experiências, mas para sofrer as dores do inferno, a fim de ser o nosso Salvador.

Um Natal Cristão

Os cristãos que primeiro comemoraram o nascimento do Salvador viram isso. Natal para eles não foi (ao contrário do que é às vezes erroneamente se diz) simplesmente temperar com pitadas de cristianismo uma festa pagã, a Saturnália romana. Eles fizeram o que mais tarde outros cristãos fariam na marcação Dia da Reforma (que acabou sendo também o Dia das Bruxas), ou seja, comprometendo-se com uma alternativa radical à Saturnália do mundo romano, recusando-se a se encaixar em um molde socialmente aceitável. Eles estavam determinados a fixar a mente, o coração, a vontade e a força exclusivamente no Senhor Jesus Cristo. Não houve confusão no seu pensamento entre o mundo e o evangelho, Saturnália e Natal, Cristo Noel e Jesus Cristo. Eram cidadãos de outro império completamente diferente.

Na verdade, tal era o ultraje evocado por sua devoção a Cristo nessa festa que, durante as perseguições sob o imperador Diocleciano, alguns crentes foram assassinados enquanto se reuniam para celebrar o Natal. Qual foi a sua ofensa grave? A adoração ao verdadeiro Cristo – encarnado, crucificado, ressuscitado, glorificado e prestes a retornar. Eles celebraram a Jesus naquele dia porque Ele se deu completamente por eles, então, queriam dedicar tudo a Jesus.

Numa véspera de Natal na minha adolescência, eu abri um livro que um amigo havia me dado de presente. Eu estava tão emocionado com a doutrina do meu Salvador recém encontrado que comecei a tremer de emoção com o que tinha me dado conta: o mundo não tinha comemorado a Sua vinda, ao contrário, o haviam crucificado.

Isso não deveria causar-nos tremor? O fato de que “eles crucificaram meu Senhor.” Ou será que é verdade apenas em música, não na realidade? Não estamos lá quando o mundo ainda o crucifica em suas próprias maneiras, muitas vezes sutilmente?

A verdade é que, a menos que o significado do que Cristo fez no primeiro Natal nos sacuda, dificilmente podemos dizer que tenhamos entendido o que essa história significa, ou quem ele realmente é.

Não confundamos Jesus Cristo com Papai Noel.

Fonte: iPródigo

Traduzido e adaptado por Gustavo Vilela | iPródigo.com | Original aqui

7 de dezembro de 2010

Regeneração e Verdadeiro Livre Arbítrio

 
C.H. Spurgeon


spurgeon_oil.jpg (10K) - Spurgeon
O homem tornou-se tão decaído que ele não é capaz de cumprir a lei. É mais fácil o etíope mudar a sua pele ou o leopardo as suas manchas, do que aquele que está acostumado a fazer o mal aprender a fazer o bem (Jeremias 13:23); mas o que o homem não é capaz de fazer, por causa da perversidade da carne, Deus executa dentro dele, efetuando nele o querer e o realizar segundo a Sua boa vontade. Oh, que graça sublime é esta, que, enquanto perdoa nossa falta de vontade, também remove nossa carência de poder!
E, queridos amigos, não é uma maravilhosa prova da graça que Deus faz isto sem destruir o homem em absolutamente qualquer grau? O homem é uma criatura com uma vontade (um arbítrio), um "livre arbítrio" como eles às vezes é chamado, uma criatura que é responsável pelas suas ações; assim Deus não vem e muda nossos corações por um processo físico, como alguns parecem imaginar, mas por um processo espiritual no qual ele nunca arruína nossa natureza, mas torna a nossa natureza correta.
Se um homem se torna um filho de Deus, ele ainda tem uma vontade (um arbítrio). Deus não destrói o delicado mecanismo da nossa natureza, mas ele o coloca na marcha adequada. Nós nos tornamos cristãos com a nossa própria total aprovação e consentimento; e nós não guardamos a lei de Deus por qualquer compulsão a não ser a doce compulsão do amor. Nós não a obedecemos porque nós não poderíamos fazer o contrário, mas nós obedecemos porque nós não queremos fazer diferente, porque nós passamos a nos deleitar nela, e isto me parece a maior maravilha da graça divina.
"Deus não destrói o delicado mecanismo da nossa natureza, mas ele o coloca na marcha adequada."
Vejam, queridos amigos, como são diferentes o modo de agir de Deus e o nosso. Se você derruba um homem que está vivendo uma vida má, e o põe em cadeias, você pode torná-lo honesto pela força; ou se você o deixa livre, e restringe-o por meio de leis do parlamento, você pode mantê-lo sóbrio se ele não puder adquirir nada para beber, você pode fazer com que ele fique maravilhosamente quieto se você puser uma mordaça na boca dele; mas esse não é o modo de Deus agir.
Ele que pôs o homem no Jardim de Éden e nunca pôs qualquer paliçada ao redor da árvore do conhecimento do bem e do mal, mas permitiu que o homem fosse um agente livre, faz exatamente o mesmo nas operações da Sua graça. Ele deixa o seu povo entregue às influências que estão dentro de cada um, e ainda assim eles andam corretamente, porque eles são tão transformados e renovados pela Sua graça que eles se deleitam em fazer aquilo que antes eles detestavam fazer.
Eu admiro a graça de Deus agindo assim. Nós teríamos feito o relógio em pedaços, quebrado metade das rodas e feito novas ou algo assim. Mas Deus sabe como deixar o homem tão homem quanto ele era antes da sua conversão, e ainda assim fazê-lo tão completamente um novo homem que as coisas antigas já passaram e tudo se fez novo.
E isto é muito bonito também: que quando Deus escreve a Sua lei nos corações do Seu povo, Ele faz com que este seja o modo de preservação deles. Quando a lei de Deus é escrita no coração de um homem, aquele coração divinamente torna-se propriedade real, porque o nome do Rei está lá, e o coração no qual Deus escreveu o Seu nome jamais pode perecer.

Fonte: Bom Caminho

16 de novembro de 2010

O que é um Cristão?



por John Piper


O que significa ser um cristão? Charles Hodge, um dos grandes teólogos reformados do século XIX, achou a resposta neste texto: “É ser constrangido por um senso do amor de nosso divino Senhor, de tal modo que Lhe consagramos nossa vida”.

Ser um cristão não significa apenas crer, de coração, que Cristo morreu por nós. Significa “ser constrangido” pelo amor demonstrado nesse ato. A verdade nos pressiona. Ela força e se apropria; impele e controla. A verdade nos cerca, não nos deixando fugir. Ela nos prende em gozo.

Como a verdade faz isso? Paulo disse que o amor de Cristo o constrangia por causa de um julgamento que ele fazia a respeito da morte: “Julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram”. Paulo se tornou cristão não somente por meio da decisão com base no fato de que Cristo morreu pelos pecadores, mas também por meio do sábio discernimento de que a morte de Cristo foi também a morte de todos aqueles em favor dos quais Ele morreu.

Em outras palavras, tornar-se um cristão é chegar a crer não somente que Cristo morreu por seu povo, mas também que todo o seu povo morreu quando Ele morreu. Tornar-se um cristão é, primeiramente, fazer esta pergunta: estou convencido de que Cristo morreu por mim e de que eu morri nEle? Estou pronto a morrer, a fim de viver no poder do amor dEle e para a demonstração da sua glória. Em segundo lugar, tornar-se um cristão significa responder sim, de coração.

O amor de Cristo nos constrange a responder sim. Sentimos tanto amor fluindo da morte de Cristo para nós, que descobrimos nossa morte na morte dEle — nossa morte para todas as lealdades rivais. Somos tão dominados (“constrangidos”) pelo amor de Cristo, que o mundo desaparece, como que diante de olhos mortos. O futuro abre um amplo campo de amor.

Um cristão é uma pessoa que vive sob o constrangimento do amor de Cristo. O cristianismo não é meramente crer num conjunto de doutrinas a respeito do amor de Cristo. É uma experiência de ser constrangido por esse amor — passado, presente, futuro.

Entretanto, esse constrangimento surge de um juízo que fazemos sobre a morte de Cristo: “Quando Ele morreu, eu morri”. É um julgamento profundo. “Assim como o pecado de Adão foi, legal e eficazmente, o pecado de toda a raça, assim também a morte de Cristo foi, legal e eficazmente, a morte de seu povo.” Visto que nossa morte já aconteceu, não temos mais condenação (Rm 8.1-3). Isto é a essência do amor de Cristo por nós. Por meio de sua morte imerecida, Cristo morreu nossa morte bem merecida e abriu o seu futuro como o nosso futuro.

Portanto, o juízo que fazemos sobre a sua morte resulta em sermos constrangidos pelo amor dEle. Veja como Charles Hodge expressou isso: “Um cristão é alguém que reconhece a Jesus como o Cristo, o Filho do Deus vivo, como Deus manifestado em carne, que nos amou e morreu por nossa redenção. É também uma pessoa afetada por um senso do amor deste Deus encarnado, a ponto de ser constrangida a fazer da vontade de Cristo a norma de sua obediência e da glória de Cristo o grande alvo em favor do qual ela vive”.

Como não viver por Aquele que morreu nossa morte, para que vivamos por sua vida? Ser um cristão é ser constrangido pelo amor de Cristo.


Extraído do livro: Uma Vida Voltada para Deus, de John Piper.
Fonte: Voltemos ao Evangelho

27 de outubro de 2010

A Mulher como Esposa!!!


por Rev. Brian Abshire

 
A Mulher como Esposa
 * As mulheres compartilham igualdade de honra com os homens, mas têm funções diferentes: “… dando honra à mulher… como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida” (1 Pedro 3.7).
* Deus pretende que a maioria das mulheres case: “E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele” (Gn 2.18).
* A mulher deve se apegar ao seu marido, deixando para trás qualquer outra pessoa: “e serão ambos uma carne” (Gn 2.24).
* A mulher deve estar disposta a se submeter à liderança do seu marido: “… assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos” (Ef 5.19ss).
* A mulher deve aprender a “amar” o seu papel como esposa e mãe e ser treinada nisso: “As mulheres idosas… [devem] ensinar as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos” (Tito 2.2-4).
* A maioria das mulheres encontrará o seu chamado no lar: “… boas donas de casa, sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada” (Tito 2.5).
* A mulher deve conquistar um marido pecador por meio do seu comportamento dócil e sereno: “Semelhantemente vós, mulheres, sede submissas a vossos maridos; para que também, se alguns deles não obedecem à palavra, sejam ganhos sem palavra pelo procedimento de suas mulheres, considerando o vosso procedimento casto e com temor” (1Pe 3.1-2).
* A mulher tem o dever de ter intimidade sexual com o seu marido: “O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher. Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência” (1Co 7.3-5).
* Mulheres podem trabalhar fora de casa para ajudar a família financeiramente: “… ela examina uma propriedade e adquire-a; planta uma vinha com o fruto de suas mãos. Faz panos de linho fino e vende-os, e entrega cintos aos mercadores” (Pv 31.16, 24).

A Mulher como Mãe
* A mulher deve (até onde Deus lhe der a graça) ter muitos filhos, produzindo assim uma semente santa: “Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a” (Gn 1.28).
* A mulher tem um papel importante no treinamento espiritual dos seus filhos: “Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti” (2 Tim 1:5).
* Para a maioria das mulheres, cuidar do seu esposo e filhos será o seu chamado principal na vida: “Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis. Levantam-se seus filhos e chamam-na bem-aventurada; seu marido também, e ele a louva” (Pv 31.10, 28).

A Mulher na Igreja
* Mulheres não podem pregar, ensinar ou exercer autoridade sobre homens na igreja: “A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio” (1 Tim 2:11-12).
* Mulheres não devem falar na assembleia pública: “As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei” (1Co 14.34)
* A mulher deve buscar liderança espiritual em seu marido: “E, se querem aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é vergonhoso que as mulheres falem na igreja” (1Co 14.35).
* As mulheres podem servir na igreja de outras formas: “Tendo testemunho de boas obras: Se criou os filhos, se exercitou hospitalidade, se lavou os pés aos santos, se socorreu os aflitos, se praticou toda a boa obra” (1Tm 5.10)

Conclusão
“Enganosa é a beleza e vã a formosura, mas a mulher que teme ao SENHOR, essa sim será louvada” (Pv 31.30).

 
Fonte: Monergismo
Tradução: Felipe Sabino

21 de outubro de 2010

John MacArthur - A Verdadeira Salvação Através de Jesus Cristo!





Fonte: Voltemos ao Evangelho

O Evangelho muda tudo


Scott Thomas


O Evangelho é o poder de Deus para a salvação, e, infelizmente, muitas igrejas tem vergonha de proclamá-lo (Romanos 1.16). Como resultado, talvez não experimentemos os frutos da transformação em nossas igrejas que normalmente é associada ao evangelho (Colossenses 1.4-6; 2 Pedro 1.3-9). A transformação pelo Evangelho normalmente é encontrada na companhia da proclamação do Evangelho.
O Evangelho pode (cuidadosamente) ser resumido da seguinte maneira: Deus enviou seu Filho, Jesus Cristo, para viver nossa vida, morrer nossa morte e ressuscitar triunfante para reunir, pelo Espírito Santo, pecadores perdoados em uma nova vida como o povo de seu Reino, debaixo de seu gracioso reinado.
O foco do Evangelho não é na incapacidade da humanidade (incluindo a transformação), mas na glória de Deus. Eu sou transformado quando vivo de acordo com o Evangelho (Gálatas 2.14) – evitando tanto o legalismo como a libertinagem – e buscando a alegria encontrada ao render completamente a minha vida desregrada em troca de expressar graciosamente a vida justa de Cristo em cada aspecto da minha caminhada como cristão (Gálatas 2.20).
O Evangelho é o que nos endireita perante Deus (justificação) e também é o que nos liberta para nos deleitarmos nele (santificação). O Evangelho muda tudo!
É possível resumir simplesmente na não tão simples frase de J. I. Packer: “Deus salva pecadores”
“Deus – Jeová Triúno, Pai, Filho e Espítiro; três Pessoas trabalhando juntos em sabedoria soberana, poder e amor proporcionam a salvação de um povo escolhido, o Pai elegendo, o Filho cumprindo a vontade do pai ao redimir, o Espírito realizando o propósito do Pai e do Filho ao transformar.”
“Salva – realiza tudo, do começo ao fim, que está envolvido no processo de trazer o homem da morte no pecado para a vida em glória: planeja, proporciona e comunica a redenção, convoca e preserva, justifica, santifica e glorifica. Pecadores não salvam a si mesmos de forma alguma. A salvação, do começo ao fim, completa e totalmente, no passado, no presente e no futuro, é do Senhor, glorificado para sempre – amém.”
“Pecadores – Quando nascemos, estamos mortos, condenados, depravados, corruptos, perversos, pecadores e completamente incapacitados de salvar ou mesmo levanter um dedo sequer para alcançar a salvação (Romanos 2-3; 6.23). O pobre pecador nem mesmo sabe que está morto. A lei de Deus mostra a extensão de nossa perversidade (Gálatas 3.24).”
A graça de Deus é extendida a nós, não porque mereçamos, mas apesar de não merecermos (Romanos 5.8). Nossas obras, mesmo quando tentamos fazer boas obras, não são adequadas para contribuir para nossa salvação ou santificação. Uma vez que o Espírito regenera nossas almas perdidas, nós recebemos pela fé a obra completa de Cristo, que proporciona nossa justificação – uma declaração da justiça dele em nós. Conforme sua graça continua trabalhando em nossas vidas, o Evangelho frutifica em cada aspecto de nossas vidas (Colossenses 1.6; 2 Pedro 1-3-9).


Traduzido por Filipe Schulz
Fonte: iPródigo.com

14 de setembro de 2010

Ter Deus é melhor que sexo, dinheiro, poder e popularidade

Precisamos meditar sobre a superioridade de Deus como nossa grande recompensa acima de tudo que o mundo tem a oferecer.

Se não o fizermos, amaremos o mundo como todos os outros e viveremos como todos os outros.

Portanto, pegue as coisas que dirigem o mundo e pense sobre quão melhor e mais duradouro Deus é: pegue dinheiro ou sexo ou poder ou popularidade. Pense sobre essas coisas.

Primeiro, pense sobre elas em relação à morte. A morte levará cada uma delas: dinheiro, sexo, poder e popularidade. Se você vive por isso, você não terá muito, e se você tiver, você perderá. Mas o tesouro de Deus é “duradouro”. Ele permanece. Vai além da morte.

É melhor que dinheiro porque Deus é dono de todo dinheiro e ele é nosso Pai. “Tudo é de vocês,e vocês são de Cristo, e Cristo, de Deus.” (1 Coríntios 3.22,23)

É melhor que sexo. Jesus nunca teve relações sexuais, e foi o ser humano mais completo e perfeito que já existiu. Sexo é uma sombra, uma imagem, de uma realidade maior – de um relacionamento e de um prazer que farão o sexo parecer um bocejo.

A recompensa de Deus é melhor que poder. Não há poder humano maior que ser filho do Deus Todo-Poderoso. “Vocês não sabem que haveremos de julgar os anjos?” (1 Coríntios 6.3).

É melhor que popularidade. Fama é uma fantasia se você é conhecido somente por ninguéns humanos. Mas se seres maiores conhecem você, essa é uma popularidade de outro tipo. A maior popularidade é ser conhecido por Deus (1 Coríntios 8.3; Gálatas 4.9). E quando se trata de anjos: “Os anjos não são, todos eles, espíritos ministradores enviados para servir aqueles que hão de herdar a salvação?” (Hebreus 1.14).

E assim continua. Comparado a tudo que o mundo tem a oferecer, Deus é melhor e mais duradouro. Não há comparação. Deus vence – sempre.

A questão é: você o tem? Acordaremos do transe deste mundo ilusório e veremos, creremos, nos alegraremos e amaremos? E sofreremos?

Autor: John Piper

Traduzido por Josaías Jr | iPródigo | original

Amando a Deus por aquilo que Ele é


por John Piper

Uma das mais admiráveis verdades que descobri foi esta: Deus é mais glorificado em mim quando sou mais satisfeito nEle.

Este é o lema que direciona meu ministério como pastor. Afeta tudo o que eu faço.

Se eu como, bebo, prego, aconselho ou faço — em tudo isso, o meu alvo é glorificar a Deus pela maneira como o faço (1 Co 10.31). Isto significa que meu alvo é fazer tudo de modo que revele como a glória de Deus tem satisfeito os anelos de meu coração. Se a minha pregação denunciasse que Deus não tem satisfeito minhas necessidades, ela seria fraudulenta. Se Cristo não fosse a satisfação de meu coração, será que as pessoas creriam, quando eu proclamasse a mensagem dEle: “Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede” (Jo 6.35)?

A glória do pão consiste em que ele satisfaz. A glória da água viva está no fato de que ela sacia a sede. Não honramos a água refrescante, auto-renovadora e pura que desce da fonte na montanha, quando lhe damos nossa contribuição por trazermos baldes de água de poços do vale. Honramos a fonte por sentirmos sede, ajoelharmo-nos e bebermos com gozo. Em seguida, dizemos: “Ahhhh!” (isto é adoração!) e prosseguimos nossa jornada com a força proveniente da fonte (isto é serviço). A fonte da montanha é mais glorificada quando mais nos satisfazemos com a sua água.

Tragicamente, muitos de nós fomos ensinados que o dever, e não o deleite, é a maneira de glorificarmos a Deus. Não aprendemos que o deleite em Deus é nosso dever! Satisfazer-se em Deus não é um acréscimo opcional ao verdadeiro dever cristão. É a exigência mais elementar de todas. “Agrada-te do Senhor” (Sl 37.4). Não é uma sugestão, é uma ordem, assim como o são: “Servi ao Senhor com alegria” (Sl 100.2) e: “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fp 4.4).

A responsabilidade de um pastor é mostrar com clareza aos outros que o amor de Deus “é melhor do que a vida” (Sl 63.3). Se o amor de Deus é melhor do que a vida, é também melhor do que tudo o que a vida neste mundo oferece. Isto significa que a satisfação não está nos dons, e sim na glória de Deus — a glória do amor, do poder, da sabedoria, da santidade, da justiça, da bondade e da verdade de Deus.

Esta é a razão por que o salmista clamou: “Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra. Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre” (Sl 73.25-26). Nada na terra, nenhum dos dons de Deus, na criação — podia satisfazer o coração de Asafe. Somente Deus podia. Davi queria expressar isso quando disse ao Senhor: “Tu és o meu Senhor; outro bem não possuo, senão a ti somente” (Sl 16.2).

Davi e Asafe nos ensinam, por seu anelo centralizado em Deus, que os dons de Deus — como saúde, riqueza e prosperidade — não satisfazem. Somente Deus satisfaz. Seria presunção não agradecer a Deus pelos seus dons (“Não te esqueças de nem um só de seus benefícios” — Sl 103.2), mas seria uma atitude idólatra chamar de amor a Deus a alegria que obtemos de tais dons. Quando Davi disse ao Senhor: “Na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente” (Sl 16.11), ele estava afirmando que estar próximo de Deus é a única experiência todo-satisfatória do universo.

Não era pelos dons de Deus que Davi anelava como um amante profundamente apaixonado. “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (Sl 42.1-2). Davi queria experimentar uma revelação da glória e do poder de Deus: “Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água. Assim, eu te contemplo no santuário, para ver a tua força e a tua glória” (Sl 63.1-2). Somente Deus satisfará um coração como o de Davi, que era um homem segundo o coração de Deus. Fomos criados para sermos assim.

Isto é a essência do que significa amar a Deus — satisfazer-se nEle. NEle! Amar a Deus pode incluir obedecer a todos os seus mandamentos, pode incluir crer em toda a sua Palavra e agradecer-Lhe por todos os seus dons. Mas a essência de amar a Deus é desfrutar de tudo o que Ele é. Este desfrutar de Deus glorifica mais plenamente a dignidade dEle, em especial quando tudo ao redor de nossa alma está desmoronando.

Todos sabemos disso por intuito, bem como por meio das Escrituras. Sentimo-nos mais honrados pelo amor daqueles que nos servem por obrigação ou pelo deleite da comunhão? Minha esposa é mais honrada quando eu lhe digo: “Gastar tempo com você me torna feliz”. Minha felicidade é o eco da excelência dela. O mesmo é verdade em relação a Deus. Ele é mais glorificado quando nos satisfazemos mais nEle.

Nenhum de nós tem chegado à completa satisfação em Deus. Freqüentemente, sinto-me triste com o murmurar de meu coração sobre a perda de confortos mundanos, mas tenho provado que o Senhor é bom. Pela graça de Deus, conheço agora a fonte de gozo eterno; por isso, gosto muito de passar os dias atraindo as pessoas a este gozo, até que possam dizer comigo: “Uma coisa peço ao Senhor, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do Senhor e meditar no seu templo” (Sl 27.4).

Fonte: Voltemos ao Evangelho

26 de agosto de 2010

O mundo está cheio de garotos que se barbeiam

por Mark Driscoll


O mundo de hoje está cheio de garotos que se barbeiam

Historicamente, um rapaz passava por duas fases na vida: menino, depois homem. A transição da criança para adulto estava relacionada com cinco variáveis sociais que aconteciam quase sempre simultaneamente ou em um período curto de tempo: Deixar a casa dos pais (Gênesis 2.24); terminar os estudos (ou treinamento vocacional); começar um trabalho que definiria a carreira, não apenas um temporário; conhecer uma mulher, amá-la, honrá-la, cortejá-la e então casar-se com ela; ter filhos com ela.

Mas veja o que aconteceu. Ao invés de sair da infância para a vida adulta por meio dessa sucessão de transições sociológicas, nós criamos algo chamado adolescência. É um terceiro estágio, entre o menino e o homem. Não sabemos como chamá-los, então chamamos de garotos. São os garotos que se barbeiam.

Hoje, a adolescência começa por volta dos doze anos e continua indefinidamente. Não há um fim claro para ela. O problema com a adolescência é que os garotos não sabem quando finalmente crescerão para se tornarem adultos, e não há pressão sobre eles para que isso aconteça.

É quando você faz 16 e pode dirigir? Ou 18, e pode votar e ingressar no exército? Ou 21, quando você pode beber? ¹. É quando você sai da faculdade após estudar lá por 7 ou 8 anos? É quando você se casa? Quando tem filhos? Quando compra um imóvel? Ninguém sabe. Assim, sobra uma adolescência indefinida e uma epidemia da Síndrome de Peter Pan onde homens querem ser meninos para sempre.

Para onde você vai? Vá a Escritura. Em 1 Coríntios 11.7, Paul diz que um homem é “imagem e glória de Deus”. Ele deve refletir a verdade, a bondade, o amor e a misericórdia de Jesus, seu Deus e Salvador. Ele é a glória de Deus. E eu ainda tenho esperança nesses garotos. Quando vejo um garoto, não vejo um viciado em pornografia, rato de internet, jogador de World of Warcraft², um daqueles garotos que se junta com mais outros 20 garotos e pagam 5 reais por mês pelo aluguel de um apartamento e comem pizza o dia inteiro e chama essa situação de bar mitzvah³.

Eu tenho fé nesses garotos porque eles são a glória de Deus. Eles são a glória de Deus. Obviamente, há alguma coisa a ser feita, com certeza. Mas vocês homens são a glória de Deus. E Deus quer que sua glória brilhe através de vocês. Deus quer que seu reino seja feito visível através de vocês. Deus quer que vocês sejam seus filhos. Deus quer que vocês, pelo poder do Espírito Santo, sigam o exemplo de Jesus, e atentem para o exemplo de João.

Não me importo se você comprar uma picape, ou se joga videogame e arrasa na guitarra. Eu realmente não me importo. O problema é quando essas coisas prevalecem, predominam e são preeminentes na sua vida. Alguns garotos podem vir argumentar comigo e dizer “nada disso é pecado”. Não, mas às vezes é idiota. É bobo. Totalmente bobo. Você é despedido porque perdia tempo no trabalho tentado subir de nível para se tornar líder do clã4. Isso é bobeira. Totalmente bobo. Você trabalha apenas meio período para poder tocar mais guitarra. Isso é bobeira. Totalmente bobo. Você gasta todo seu dinheiro em um carro novo, brinquedos, eletrônicos, apostas ou bolão do campeonato de futebol. Bobeira. Alguns vão dizer “nada disos é pecado”. Comer a grama que você deveria aparar também não é. É só idiota. E também não vai te levar a lugar algum. Há um monte de coisas que garotos cristãos fazem que não é errado, é só idiota.

Vocês são a glória de Deus. O que significa ser um homem. João é um grande exemplo. Ele não gastou sua juventude fazendo download de pornografia, estourando a conta do cartão de crédito, passando sete anos na faculdade, tentando ser o rei das apostas de futebol ou basquete, determinado a beber cada vez mais latas de cerveja no happy hour e conquistar mais mulheres que todos os outros garotos para mostrar que é um homem de verdade. Isso não tem nada de homem. Só de garoto que se barbeia.

João nos mostra o que é um homem de verdade: ele era cheio do Espírito. Ele humildemente prepara o caminho para Jesus. Um evangelista que segue a carreira de levar outras pessoas a Jesus. Um homem que sempre dá mais do que recebe. Um produtor, não um consumidor.

Homens, vocês devem ser criadores e cultivadores. Se vocês querem ser imagem de Deus, seu Deus é criador e cultivador. Você cria um casamento e o cultiva com sua esposa. Você cria uma criança com ela, e a cultiva. Você cria o legado de uma nova família que durará gerações e o cultiva. Você cria uma carreira e a cultiva. Você cria um ministério e o cultiva. Você deseja ser um homem? Seja um criador e cultivador. Seja um produtor, não um consumidor. Seja um doador, não um recebedor. Traga vida, não morte.
Esse não é o caminho mais fácil. É o caminho que mais glorifica a Deus. Trilhe esse caminho, como João trilhou.

¹ Regras dos Estados Unidos
² Jogo de computador jogado via internet
³ Ritual Judaico tradicional de transição
4 Situações do já citado World of Warcraft

Traduzido por Filipe Schulz | iPródigo.com

Quem são os seus amigos?

Quem são seus amigos? from iPródigo on Vimeo.





Fonte: iPródigo

25 de agosto de 2010

Quão Singular e Maravilhoso é o Amor de Cristo!


por John Piper

Por muitos anos, tenho procurado entender como a centralidade de Deus em Si mesmo se relaciona com o seu amor por pecadores como eu. Muitas pessoas não vêem a paixão de Deus por sua própria glória como um ato de amor. Uma das razões para isto é o fato de que temos absorvido a definição do mundo a respeito do amor. O mundo diz: você é amado quando é mimado.

O maior problema desta definição de amor é que, ao tentarmos aplicá-la ao amor de Deus por nós, ela distorce a realidade. O amor de Deus por nós não se revela principalmente em que Ele nos valoriza, e sim em que Ele nos dá a capacidade de nos regozijarmos em apreciá-Lo para sempre. Se centralizamos e focalizamos o amor de Deus em nosso valor, estamos nos afastando do que é mais precioso, ou seja, Ele mesmo. O amor labuta e sofre para nos cativar com aquilo que é infinita e eternamente satisfatório: Deus mesmo. Por conseguinte, o amor de Deus labuta e sofre para aniquilar nossa escravidão ao ídolo do “eu” e focalizar nossas afeições no tesouro de Deus.

Podemos ver isto, de maneira surpreendente, na história da enfermidade e morte de Lázaro, em João 11.1-6:

1- Estava enfermo Lázaro, de Betânia, da aldeia de Maria e de sua irmã Marta.

2- Esta Maria, cujo irmão Lázaro estava enfermo, era a mesma que ungiu com bálsamo o Senhor e lhe enxugou os pés com os seus cabelos.

3- Mandaram, pois, as irmãs de Lázaro dizer a Jesus: Senhor, está enfermo aquele a quem amas.

4- Ao receber a notícia, disse Jesus: Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado.

5- Ora, amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro.

6- Quando, pois, soube que Lázaro estava doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde estava.

Observe três coisas admiráveis:

1. Jesus escolheu deixar Lázaro morrer. No versículo 6, lemos: “Quando, pois, soube que Lázaro estava doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde estava”. Não houve pressa. A intenção de Jesus não era impedir o sofrimento da família, e sim ressuscitar Lázaro dentre os mortos. Isto seria verdade mesmo se Lázaro já estivesse morto, quando o mensageiro chegou a Jesus. Ele deixou Lázaro morrer ou permaneceu por mais tempo, para deixar evidente que não tinha pressa de trazer alívio imediato ao sofrimento. Algo mais importante O impelia.

2. Jesus era motivado pelo amor para com a glória de Deus, manifestada em seu tremendo poder. No versículo 4, Ele disse: “Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado”.
3.Entretanto, tanto a decisão de deixar Lázaro morrer como a motivação de glorificar a Deus foram expressões de amor para com Maria, Marta e Lázaro. O evangelista João nos mostra isto pela maneira como ele uniu os versículos 5 e 6: “Ora, amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro. Quando, pois, soube que Lázaro estava doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde estava”.

Oh! Muitas pessoas — inclusive crentes — murmurariam por haver Jesus, insensivelmente, deixado Lázaro morrer e permitir que Marta, Maria e Lázaro e outros passassem por aquele sofrimento e infelicidade! E, se os nossos contemporâneos percebessem que Jesus fez isso motivado pelo desejo de magnificar a glória de Deus, quantos não considerariam a atitude de Jesus como insensível e severa? Isto revela quanto a maioria das pessoas estima levar uma vida livre de sofrimentos muito mais do que estima a glória de Deus. Para a maioria das pessoas, o amor é aquilo que coloca o bem-estar humano como o centro de tudo. Por conseguinte, o comportamento de Jesus é ilógico para tais pessoas.

Não podemos ensinar a Jesus o que o amor significa. Não podemos instruí-Lo a respeito de como Ele nos deve amar e colocar-nos no centro de tudo. Devemos aprender dEle o que significa o amor e o que é o verdadeiro bem-estar. O amor é fazer tudo que for necessário para ajudar os outros a verem e experimentarem a glória de Deus em Cristo, para todo o sempre. O amor mantém a Deus no centro, porque a alma foi criada para Deus.

Nas palavras de sua oração, Jesus confirma que estamos certos: “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo” (Jo 17.24). Podemos presumir que esta oração seja um ato de amor de Jesus. Mas, o que Ele pediu? Pediu que, no fim, vejamos a sua glória. O amor dEle por nós O torna central. Jesus é o único Ser cuja auto-exaltação é um ato sublime de amor. Isto é verdade porque a realidade mais satisfatória que podemos conhecer é Jesus. Portanto, para nos dar esta realidade, Ele tem de dar-nos a Si mesmo. O amor de Jesus O impeliu a orar e a morrer por nós, não para que o nosso valor se tornasse central, e sim para que a glória dEle se tornasse central e pudéssemos vê-la e desfrutá-la por toda a eternidade. “Pai, a minha vontade é que... estejam também comigo... para que vejam a minha glória”. Isto é o que significa para Jesus o amar-nos. O amor divino labuta e sofre para nos cativar com aquilo que é infinita e eternamente satisfatório: Deus em Cristo. Oh! Que vejamos a glória de Cristo — pela qual Ele deixou Lázaro morrer e pela qual Ele foi à cruz.


Extraído do livro: Penetrado pela Palavra, de John Piper.
Fonte: Voltemos ao Evangelho

16 de agosto de 2010

Matt Chandler - Desviados

Deus é o Evangelho


por John Piper

Você já se perguntou por que o perdão de Deus é valioso? Ou, se a vida eterna é valiosa? Já se perguntou por que alguém quer ter a vida eterna? Por que desejamos viver para sempre? Estas questões são importantes por ser possível desejarmos perdão e vida eterna por motivos que comprovam que não os temos.

Por exemplo, considere o assunto do perdão. Talvez você queira o perdão de Deus por que está muito infeliz com sentimentos de culpa. Você quer alívio. Se puder crer que Deus o perdoa, você terá algum alívio, mas não necessariamente a salvação. Se quer o perdão somente por causa de alívio emocional, você não receberá o perdão de Deus. Ele não dá o seu perdão àqueles que o usam apenas para ter os dons dEle e não a Ele mesmo.

Ou, talvez, você queira ser curado de uma enfermidade ou conseguir um emprego e encontrar uma esposa. Então, você ouve que Deus pode ajudá-lo a obter estas coisas, mas que, primeiramente, seus pecados teriam de ser perdoados. Alguém o exorta a crer que Cristo morreu por seus pecados e lhe diz que, se você crer nisto, seus pecados serão perdoados. Conseqüentemente, você crê, a fim de que seja removido o obstáculo à sua saúde e consiga um emprego ou uma esposa. Isto é salvação pelo evangelho? Não creio que seja.

Em outras palavras, o que você espera receber por meio do perdão é importante. O motivo por que você deseja o perdão é importante. Se quer o perdão tão-somente por que deseja gozar da criação, então, o Criador não é honrado e você não é salvo. O perdão é precioso por uma única razão: ele o capacita a desfrutar da comunhão com Deus. Se esta não é razão por que você quer o perdão, você não o terá de maneira alguma. Deus não será usado como moeda para a compra de ídolos.

Também perguntamos: por que desejamos ter a vida eterna? Alguém pode responder: “Porque o inferno é a alternativa dolorosa”. Outro pode dizer: “Porque não haverá nenhuma tristeza no céu”. Outro pode replicar: “Meus queridos foram para o céu, e quero estar com eles”. Outros poderiam sonhar com sexo e alimentos intermináveis, ou com algo mais nobre. Em tudo isso, Alguém está ausente: Deus.

O motivo salvífico para querermos a vida eterna é apresentado em João 17.3: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”. Se queremos a vida eterna por ela significar outra coisa, e não o regozijo em Deus, não teremos essa vida. Enganamos a nós mesmos dizendo que somos cristãos, se usamos o glorioso evangelho de Cristo para buscar o que amamos mais do que buscamos o próprio Cristo. As “boas-novas” não se comprovarão como boas para qualquer pessoa que não tenha a Deus como seu principal bem.

Jonathan Edwards apresentou esta verdade em um sermão1 à sua igreja, em 1731. Leia estas palavras lentamente e permita que elas o despertem para a verdadeira vida e o verdadeiro bem do perdão.

Os redimidos têm todo o seu verdadeiro bem em Deus. Ele mesmo é o grande bem que possuem e desfrutam por meio da redenção. Deus é o bem mais sublime, a suma de todo o bem que Cristo adquiriu. Deus é a herança dos santos; é o quinhão da alma deles. Ele é a riqueza e o tesouro, o alimento, a vida, a habitação, o ornamento e a coroa, a glória eterna e duradoura dos santos. Eles não têm nada no céu, exceto a Deus. Ele é o grande bem no qual os crentes são recebidos na morte e para o qual eles devem ressurgir no fim do mundo. O Senhor Deus, Ele é a luz da Jerusalém celestial; é o “rio da água da vida” que corre e a “árvore da vida” que cresce “no paraíso de Deus”. As gloriosas excelências e belezas de Deus fascinarão para sempre a mente dos santos, e o amor de Deus será o deleite eterno deles. Com certeza, os redimidos desfrutarão outras alegrias. Eles se alegrarão com os anjos e uns com os outros. Mas aquilo que lhes encantará nos anjos e uns nos outros, ou em qualquer outra coisa; aquilo que lhes proporcionará deleite e felicidade será o que de Deus poderá ser visto neles.



Extraído do livro: Penetrados pela Palavra, de John Piper. Fonte: Voltemos ao Evangelho

5 de agosto de 2010

Believe....

Não Seja Mera Sombra e Eco


por John Piper

Não somos Deus. Por conseguinte, comprados com a Realidade absoluta e final, somos pequeníssimos. Nossa existência é secundária e depende da absoluta Realidade de Deus. Ele é o único Ser auto-existente no universo. Somos derivados. Ele sempre existiu e não teve princípio. Portanto, ninguém Lhe deu forma. Nós, pelo contrário, recebemos forma. Ele simplesmente é. Nós, porém, fomos criados. “Eu sou o que sou” é o nome dEle (Êx 3.14).

No entanto, visto que Ele nos fez com o mais sublime propósito para uma criatura — desfrutar e manifestar a glória do Criador — podemos ter uma vida bastante substancial, que dura para sempre. Esta é a razão por que fomos criados (“Tudo foi criado por meio dele e para ele” — Cl 1.16). Esta é a razão por que nossa sexualidade foi redimida (“Fugi da impureza... Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” — 1 Co 6.18, 20). Esta é a razão por que comemos e bebemos (“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” — 1 Co 10.31). Esta é a razão por que oramos (“E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho” — Jo 14.13). Esta é a razão por que fazemos boas obras (“Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus — Mt 5.16).

Esta é a razão por que existimos — manifestar a glória de Deus. A vida humana é completamente centralizada em Deus. Este é o significado de sermos humanos. Nossa natureza foi criada para engrandecer a Deus. A nossa glória consiste em dar glória a Deus. Quando cumprimos esta razão de sermos, temos substância. Existe valor e significado em nossa existência. Conhecer, desfrutar e manifestar a glória de Deus é um compartilhamento da glória de Deus. Não nos tornamos Deus. Mas um pouco da grandeza e beleza de Deus está sobre nós, quando cumprimos este propósito de nossa existência — refletir a excelência de Deus. Esta é a nossa substância.

Não cumprir este propósito para a existência humana corresponde a ser uma mera sombra da substância que Deus tencionava possuirmos quando nos criou. Não manifestar a glória de Deus por desfrutarmos dEle mesmo, acima de qualquer outra coisa, é ser apenas um eco da música que Deus tencionou que faríamos quando nos criou.

Esta é uma grande tragédia. Os seres humanos não foram criados para serem apenas sombras e ecos. Fomos criados para termos as características de nosso Deus, para fazermos música divina e causarmos um impacto divino. Isto é o que significa ser criado à imagem de Deus (Gn 1.27). Mas, quando os homens abandonam o seu Criador e amam mais as outras coisas, eles se tornam semelhantes às coisas que amam — insignificantes, fúteis, sem valor, inconseqüentes e depreciadores de Deus.

Veja como o salmista apresentou este fato: “Os ídolos das nações são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca e não falam; têm olhos e não vêem; têm ouvidos e não ouvem; pois não há alento de vida em sua boca. Como eles se tornam os que os fazem e todos os que neles confiam” (Sl 135.15-18; veja também Sl 115.4-8).

Pense e trema. Você se torna semelhante às coisas feitas pelos homens e nas quais você confia: mudo, cego, surdo. Isto é uma sombra da existência. É um mero eco do que Deus tencionou você deveria ser. É uma mímica vazia no palco da História, com muito movimento e pouco significado.

Querido leitor, não seja sombra e eco. Livre-se do espírito de centralidade no homem, uma epidemia de nossa época. Olhe com determinação, para ver, conhecer e desfrutar a vida na luz do Senhor. “Vinde, ó casa de Jacó, e andemos na luz do Senhor” (Is 2.5). Na luz do Senhor, você O verá, bem como a todas as coisas como realmente são. Você despertará da sonolência de uma existência na terra das sombras. Você anelará por substância e a encontrará. Fará de sua vida uma música divina. A morte será apenas uma viagem rumo ao Paraíso. E o que você deixar para trás não serão sombras e ecos, e sim um tributo na terra, escrito no céu, à triunfante graça de Deus.


Fonte: Voltemos ao Evangelho
Extraído do livro: Penetrado pela Palavra, de John Piper.
Copyright: © Editora FIEL 2009

4 de agosto de 2010

Não despreze as coisas simples da vida!!



Pensando sobre ministério e preocupado com seu preparo “teológico”?
Considere que alguns dos maiores “pastores-teólogos” (escritores da Bíblia) eram profundamente envolvidos em ocupações comuns e nas coisas simples da vida por décadas antes que Deus abrisse a porta para o ministério. Por exemplo, considere as palavras de Jeffery Niehaus que nos lembram do chamado e capacitação de Moisés:
“Quando Moisés foge para Midiã, ele aprende a ser um marido (Ex. 2:2), um pai (v.22) e um pastor (3:1). Essas [coisas simples] são fatos teologicamente importantes para ele, porque agora ele encontra o Deus que escolheu tornar-se um marido (Jr. 31:32; Ez 16; – ambos refletindo os eventos em Êxodo), um pai (Dt 1:31), e um pastor (Gn 49:24) para o seu povo. (God at Sinai: Covenant & Theophany in the Bible and the Ancient Near East, 185 )”
Por 40 anos, Moisés aprendeu as coisas simples da vida – cuidar de uma esposa, liderar uma família, cuidar de um rebanho. Cada uma dessas coisas o preparou para seu ministério com Israel, e sua capacidade de gravar a Palavra de Deus. Da mesma forma, para nós, casamento e trabalho, as tarefas comuns porém significantes que todos os humanos desfrutam (ou detestam), nos preparam para um serviço cristão maior. De fato, 1 Timóteo 3 desqualifica ministros que falham no lar. Assim, casamento (que ilustra o amor de Cristo pela igreja), paternidade (que reflete o amor de Deus por seus filhos adotivos) e vocação (que requer criatividade inteligente, organização e força física, nos lembra da obra de Deus no mundo), todos demonstram aspectos sobre Deus e seu evangelho. E assim, todas essas “coisas simples” preparam a você e a mim para um serviço mais frutífero.
O exemplo de Moisés nos ensina a parar de temer um treinamento insuficiente e a lembrar o fato de que para aqueles que Deus chamou, ele vai usar toda a vida para nos preparar para nosso ministério ”recebido” (conforme João 3:27; Colossenses 4:17). Então, enquanto temos que procurar formas de aumentar nosso conhecimento de Deus (conforme Salmos 111:2 e 2 Pedro 3:18), devemos ao mesmo tempo perceber que toda a vida aponta para Deus, e nos prepara para serviço útil – com ou sem “treinamento teológico”.
Nas coisas simples estão escondidas as coisas principais, se nós olharmos para elas com os olhos da fé e com mentes renovadas pela Palavra de Deus.
Desta forma, Deus nos lembra que ele é o único que nos prepara para seu serviço, e que nossos planos são realizados de acordo com a direção dele para nossos passos (Pv 16:9). Que nós procuremos a Deus e o vejamos em tudo na vida, de tal forma que possamos comunicar melhor as verdades divinas da Palavra de Deus à medida que encontramos a rotina diária da vida.

Por David Schrock/Traduzido por Daniel TC
Fonte: iPródigo

Amor de mãe ajuda a lidar com stress da vida adulta!!!



Beijos, abraços e todo tipo de carinho vindo da mãe ajudam o ser humano a enfrentar melhor o stress da vida adulta. Esta é a conclusão de um estudo realizado com 500 pessoas nos Estados Unidos, ao longo de 30 anos. Joanna Maselko, líder da pesquisa, observou que níveis altos de afeto materno facilitam a criação de laços e envolvimento humano. Além de reduzir o stress na criança, ainda pode ajudá-la a desenvolver habilidades sociais até a fase adulta. Inicialmente, os pesquisadores avaliaram a qualidade da interação entre mães e bebês durante consultas rotineiras. Um psicólogo observou e deu uma nota para a forma como a mãe reagia às necessidades e emoções da criança. Cerca de 30 anos depois, eles voltaram a procurar os pacientes, agora adultos, e fizeram uma série de perguntas sobre bem-estar e condição emocional. Além disso, os entrevistados tinham que responder se achavam que suas mães tinham sido carinhosas.

Os resultados revelaram que as crianças de mães mais carinhosas eram capazes de lidar com o stress e a ansiedade melhor do que as outras, que receberam menos atenção. Segundo os estudiosos, estes resultados aumentam os indícios de que a infância é a base para a construção de uma vida adulta sólida. Contudo, a influência de outros fatores, como a personalidade, educação em casa e na escola não podem ser descartados.

O estudo foi publicado no periódico americano Journal of Epidemiology and Community Health.

Fonte: Veja
Via: Saúde e Família

29 de julho de 2010

Você tem boas intenções?


“Mesmo sendo puros os nossos motivos, mesmo sendo nobres as nossas intenções, mesmo sendo bem intencionados os nossos propósitos, mesmo sendo sinceros os nossos esforços, Deus não nos reconhecerá como Seus filhos, até que aceitemos o Seu Filho.”

A. W. Pink




Fonte: Marcados para Impactar!