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27 de maio de 2011

Sem Oração Sem Resposta - Paulo Jr.

Glorificando a Deus em tudo o que você fizer



“Viva para a glória de Deus!”. Cristãos gostam de usar isso porque somos preguiçosos e porque adoramos um bom bordão de para-choque de caminhão. Há sempre um cara que está dizendo: “Glorifique a Deus, irmão!” Mas o que isso significa? “Glorifique a Deus”.

Deus é um Deus de Glória. Deus é glorioso. Deus existe para ser glorificado. A Bíblia fala da glória de Deus como um mega-tema que aparece aproximadamente 275 vezes na tradução para Inglês, 50 vezes só no livro de Salmos.

Quando as pessoas encontram a glória de Deus, eles respondem em forma de medo, espanto, admiração, adoração, temor, respeito, convicção, arrependimento, humildade. Deus é grande, somos pequenos. Deus é bom, somos maus. Nós existimos para Deus, Deus não existe para nós. Nosso eterno Deus, Jesus, vem na história humana como um ser humano e vive uma vida que é completa, total e consistentemente para glorificar a Deus sem qualquer pecado, como nosso exemplo de como uma vida de glória a Deus deve ser vivida.

A Questão

Paulo diz que se você quiser ser um bom missionário, se você quer amar a sua cidade, se você quiser ver as pessoas sendo salvas, se você quiser ver vidas sendo mudadas, se você se encontrar em amizades e relações de trabalho com pessoas que discordam totalmente de você, e a sexualidade, espiritualidade e vida deles não está em Jesus e a Bíblia, então a pergunta que você tem que continuar fazendo é: “Será que isto vai ou não vai trazer mais glória a Deus? Será que isso glorifica a Deus?”. E se você não souber qual é a resposta, então olhe para Jesus.

Sem Jesus, francamente não teríamos nenhuma ideia de como glorificar a Deus porque todos nós teríamos princípios abstratos. Temos de olhar para Jesus, caso contrário, não saberemos como glorificar a Deus.

Olhando para Jesus

Então, a questão é como glorificar a Deus no seu dia-a-dia? Como glorificar a Deus com a sua Coca Zero, seu Sucrilhos, e quando der a seta no trânsito? Olhe para Jesus:

  • “Devo ter relações sexuais com meu namorado ou namorada?” Não, Jesus era um rapaz solteiro que era virgem, mesmo até no seu momento de morte.
  • “Então devo ficar bêbado?” Não, não, não. Jesus não ficava bêbado. Isso não glorifica a Deus.
  • Jesus mentia para as pessoas? Jesus não mentiu, não devo mentir.
  • Jesus roubou? Ele não roubou. Não devo roubar.
  • Se eu pretendo ser um cristão, como estiver vivendo minha vida, vivo para a glória de Deus, seguindo o exemplo de Jesus, que glorificou a Deus em todo tempo e de todas as maneiras.

Isso significa que você tem que ler muito a sua Bíblia e realmente estar amando e aprendendo sobre Jesus para saber como ser um bom missionário que vive em uma cultura que não é sobre Jesus. Viva nessa cultura de uma maneira que honre e glorifique a Deus em todas as coisas, inclusive comida, sexo, bebida, trabalho, amizade, poder, dinheiro e tudo isso.

Você e eu fomos feito para glorificar a Deus

Os próximos pontos vieram do meu amigo John Piper.

1. Você e eu fomos feitos para o propósito expresso de glorificar a Deus em todo tempo, lugares e circunstâncias. Fomos feitos para glorificar a Deus. Os pássaros foram feitos para voar, os peixes foram feitos para nadar; fomos feitos para glorificar a Deus.

2. Tudo em nossa vida é uma oportunidade para glorificar ou não a Deus. Paulo simplesmente disse em 1 Coríntios 10.31: “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa,” tudo, todas as coisas da vida, “fazei tudo para glória de Deus”. Assim, cada momento de cada dia você e eu tomamos decisões que glorificam ou não a Deus. Isso significa que tudo em nossa vida é uma oportunidade de glorificar a Deus.

''Glória'' # ''Felicidade''

Alguns de vocês, então, vão dizer: “Bem, esse cristianismo simplesmente não está funcionando. Não sou saudável, rico e sábio. Não está funcionando. Como eu deveria glorificar a Deus? Como eu deveria louvar a Deus? Como eu deveria agradecer a Deus por meu câncer? Meu comportamento desinteressante, meu desemprego, minha vida falida? Como eu deveria ser feliz, louvar a Deus em todas as circunstâncias? Você está louco? ‘Glorificai a Deus em todos os momentos.’ Falido. Desinteressante. Solteiro. Desempregado. Doente. Morrendo. Glorificar a Deus. Ah sim, isso é ótimo. Isso parece ótimo em para-choque de caminhão. Tente fazer isso. Isso não funciona”.

Na verdade, funciona. Se a sua religião é sobre glorificar a Deus quando você está rico, então quando você perder seu dinheiro, amaldiçoará a Deus. Se a sua religião é sobre glorificar a Deus quando você estiver saudável, então se ficar doente, você amaldiçoará a Deus.

Jesus foi assassinado e glorificou a Deus

“Vinde a Jesus, e ele vai tirar todo o seu sofrimento”, eles dizem. Você está brincando comigo? Você não viu o que fizeram com o cara? Ele foi espancado. Ele foi executado. Eles o assassinaram. Isso não pode ser para o nosso bem. Eles podem tratá-lo como fizeram com Jesus. E pode ser que isso não seja tão bom. Nós adoramos um cara que morreu por volta de seus 30 anos. Podemos não ter uma vida longa. Podemos não fazer uma montanha de dinheiro. Podemos não ter um cônjuge sexy. Podemos não ter alguns filhos bonitos.

Pode não ser bom. Pode ser muito difícil. Você pode fracassar. Você pode se divorciar. Você pode ter câncer. Você pode ser demitido, eu não sei. Você diz: “Bem, como eu poderia glorificar a Deus?” É possível, porque Jesus o fez.

Agora, alguns de vocês estão dizendo, “Eu não quero glorificar a Deus, eu quero ser feliz. Não quero ficar crucificado. Não quero falir. Não quero ter câncer. Não quero me divorciar. Não quero ser virgem. Fazem filmes sobre pessoas que são virgens, e são comédias. Não quero isso. Não é esse é o meu alvo.”

Somos satisfeitos muito facilmente - e por muito pouco

Quando se trata de viver para a glória de Deus ou para nossa felicidade, tendemos a buscar a felicidade e é aí que pecamos. O pecado é quando olhamos para as nossas opções e dizemos: “posso glorificar a Deus ou escolher o que acho que preciso para ser feliz. Vou comer um bolo de chocolate inteiro. Vou beber cerveja e vou ficar nu. Eu vou ser feliz. Não vou glorificar a Deus. Eu vou ser feliz com um bolo de chocolate, um engradado e com pessoas nuas. Isso vai me fazer feliz”. É por isso que escolhemos o pecado.


C.S. Lewis, em O Peso de Glória, fala sobre isso,

''Nosso Senhor não acha que nossos desejos são muito forte, mas muito fracos. Somos criaturas que se entregam pela metade, perdendo nosso tempo com bebidas, sexo e ambições terrenas, quando nos é ofertada a alegria infinita. Somos como crianças ignorantes que querem persistir na brincadeira de fazer bolos de lama numa favela, porque não podem imaginar o significado de terem recebido o convite para passar uma temporada num maravilhoso hotel á beira mar. Nós nos satisfazemos com muito pouco.'''


Essa é a verdade. Jesus Cristo tira nossos pecados e nos dá Deus.

  • Você poderia ter Deus! Mas escolheu cerveja sem álcool?
  • Você poderia ter Deus! Mas escolheu a nudez?
  • Você poderia ter Deus! Mas escolheu glutonaria, loucura e revolta?

Lewis diz que nos satisfazemos com muito pouco. Somos como Esaú, que trocou seu direito de primogenitura por um prato de lentilhas.


Pecado é quando vemos nossas opções e dizemos: posso glorificar a Deus ou escolher oque acho que preciso para ser feliz




Esta é a nossa mais profunda alegria

Sei que alguns de vocês estão pensando, “Mas eu quero que ele me dê um carro!” Não é um pecado ter um carro, e espero que ele te dê um carro. Espero que ele te dê um carro com rodas de liga leve. Mas eu tenho algo melhor do que um carro: Jesus vai te dar Deus. Outros dizem: “Mas eu queria que Jesus me desse um cônjuge”. Espero que ele te dê um cônjuge. Eu adoraria vê-lo se casar. Mas se ele te der ou não um cônjuge, eu tenho algo melhor do que isso: Deus.

Jesus nos dá Deus. Deus é o nosso maior tesouro, o nosso maior prazer, a nossa mais profunda alegria. A nossa felicidade mais profunda é que Deus nos ama, que Deus nos conhece, que Deus cuida de nós, que Deus se entregou por nós e que começamos a viver para sua glória. Não é o que nós temos, mas o que nós conseguimos. Nós conseguimos, finalmente, fazer a única coisa para a qual fomos feitos: para glorificar a Deus.

Autor: Mark driscoll

Traduzido por Josie Lima/Fonte: iPródigo

5 de maio de 2011

Conheça seus Ídolos


Mark Driscoll

Porque nós somos criados à imagem de Deus, todos estamos sempre, sem exceção, refletindo Deus ou um deus. Se não refletirmos nosso Criador para nossa restauração, então refletiremos a criação para a nossa ruína.

Você é o que você come

Isso explica porque um dos temas recorrentes da Bíblia é que os ídolos são surdos, mudos e estúpidos, e, por isso, são idólatras os que não escutam Deus, não falam com Deus ou não vêem Deus espiritualmente. Talvez o relato mais lendário de idolatria em toda a Escritura é a adoração ao bezerro de ouro, em Êxodo 32. Lá o povo de Israel é retratado com escárnio como rebanho rebelde porque adorou um bezerro e então se tornou como ele. Assim como uma vaca teimosa que reluta em ir na direção certa, o povo idólatra de Israel é “obstinado” (Êxodo 32.9; 33.3, 5; 34.9; Deuteronômio 9.6; 10.16; 31.27).

Buscamos a idolatria naturalmente

A idolatria teve início com nosso primeiro pai, Adão. Porque Adão estava comprometido com algo além de Deus, ou seja, com ele mesmo, foi culpado de idolatria. Além disso, Adão coloca em movimento o curso da história em que a mais comum criatura idolatrada por nós somos nós mesmos; vivemos por nós mesmos e por nossa própria glória, o que é, na verdade, nossa vergonha, priorizada acima de Deus.

Nos Evangelhos, o ídolo que é reverenciado pelos Judeus e renunciado por Jesus é a religião. Embora não haja muitas referências explícitas à idolatria Judaica nos Evangelhos, G. K. Beale argumenta que é claro que a geração de judeus na época de Cristo foi no mínimo tão cheia de pecado quanto seus antepassados: “A nação judaica se orgulhava pelo fato de que eles não eram como as nações que se curvavam diante de imagens de pedra ou madeira. O que também é claro é que a maioria dos israelitas era no mínimo tão pecadora quanto seus antepassados, especialmente porque crucificaram o Filho de Deus (Mateus 23.29-38)”. Israel adorou mais a sua tradição morta do que o Deus vivo de acordo com sua Palavra viva

Senão refletirmos nosso Criador para nossa restauração, então refletiremos a criação para nossa ruína


Um prédio não deve ser seu ídolo

Passando para o livro de Atos, Lucas apresenta o fato de que o templo, na verdade, tornou-se um ídolo para o Israel teocrático. Jesus expôs essa idolatria quando disse que ele destruiria o templo. Em vez de deixar Jesus destruir o templo, os líderes religiosos escolheram, ao contrário, destruir Jesus. Eles preferiram o templo como um lugar de reunião com Deus em detrimento do próprio Deus no meio deles. Conseqüentemente, Deus destruiu em 70 d.C.

Semelhantemente, em nossos dias, pessoas religiosas continuam em diversas idolatrias quando elevam sua denominação, igreja, liturgia, tradução da Bíblia, estilo de música do louvor, pastor, método teológico, autor favorito ou planejamento ministerial a um lugar onde Jesus é substituído e no qual sua fé repousa para mantê-las perto de Deus. Isso também explica porque qualquer mudança na tradição de uma pessoa religiosa é recebida com tanta hostilidade – pessoas tendem a se agarrar a seu ídolo; isso inclui as igrejas, que são adorados como algo tão sagrado como foi o templo.

Conheça seus ídolos

Como os judeus nos dias de Jesus, os cristãos devem estar continuamente cientes de seus ídolos religiosos. Ídolos religiosos incluem verdades, dons e moralidade. Essas são coisas em que as pessoas confiam além de Jesus Cristo para obter salvação, não diferente dos judeus que acrescentaram a circuncisão ao evangelho e eram criticados por Paulo em Gálatas como hereges a pregar um falso evangelho.

  • Idolatria da Verdade é talvez a mais comum entre aqueles que são mais comprometidos com transmissão da doutrina e estudo bíblico. Essas pessoas são inclinadas a pensar que são salvas por causa da exatidão de sua crença mais do que pelo simples fato de que Jesus morreu por elas. Pessoas religiosas que idolatram a verdade são frequentemente culpadas do mais alto sentimento de superioridade. Eles continuamente se divertem de forma sarcástica fazendo piadas com seus oponentes e encontram grande deleite na Internet, onde ser um blogueiro bem conhecido geralmente significa que você tem que ser um idólatra da verdade, que alimenta a idolatria de zombadores religiosos, para quem a ideologia tornou-se seu ídolo.
  • Idolatria dos Dons é talvez o mais comum entre aqueles mais cheios de dons e capacitados no serviço ministerial, que confundem dom espiritual com maturidade espiritual e fruto espiritual. Essas pessoas comumente pensam que eles são salvos por causa dos dons que eles possuem e que qualquer ministério que eles alcançaram – e consequentemente, sua fé – firma-se mais no fato de que Deus está usando-os do que no fato de que Jesus morreu por eles. Infelizmente, isso é comum entre os pregadores da Bíblia que fizeram de seus púlpitos um ídolo, para onde eles vão por identidade e alegria. Eles procuram a aprovação de seus ouvintes que os aplaudem e, eventualmente, o pastor cujo ídolo é a pregação torna-se o ídolo de sua congregação, cuja devoção a ele é como a um deus, e ele se torna praticamente sem pecados aos seus olhos.
  • Idolatria da Moralidade é talvez a mais comum entre as pessoas religiosas mais bem comportadas e decentes. Essas pessoas com freqüência pensam que são salvas porque vivem uma vida decentemente moral e boa, de devoção e obediência em vez de verem a si mesmos como pecadores por natureza, cujo pecado é sério o suficiente para requerer a morte expiatória de Jesus. Tais pessoas são como o irmão mais velho na história do filho pródigo – eles se sentem ofendidos quando a graça é dada a pecadores arrependidos porque não é merecida. Essa atitude em tais momentos revela a idolatria do desempenho pessoal; a sua irrevogável verdade reside no desempenho próprio e não em Jesus.

Idolatria leva ao pecado
  • Um dos mais longos tratamentos de idolatria em todo o Novo Testamento é encontrado em 1 Coríntios 10, onde Paulo lista a idolatria como participação com demônios, que leva a todos os tipos de pecado, incluindo glutonaria, alcoolismo, imoralidade sexual e murmuração. De fato, quanto mais nos comprometemos com nosso ídolo, mais nos tornamos um com ele e cada vez mais parecido com ele, para a nossa destruição. Além disso, como 1 Coríntios 10 deixa claro, nossa idolatria também desgasta nossas relações com os colegas cristãos, dá um falso testemunho aos não cristãos e faz que outros sejam tentados a se juntar a nós no pecado da idolatria. Consequentemente, idolatria prejudica todo tipo de relacionamento que nós temos e é um câncer mortal no corpo da igreja e na sociedade como um todo.

Confie no Criador, não na criação
  • Beale conclui sua pesquisa bíblica no livro de Apocalipse observando que os idólatras são referidos como “habitantes da terra” (Apocalipse 8:13; 13:8; 14; 14:6-9; 17:2-8). De acordo com Beale, os “habitantes da terra” no Apocalipse não podem olhar para além desta terra por uma questão de segurança, o que significa que eles confiam em algum elemento da criação e não no Criador para seu bem-estar final. Assim, pessoas são chamas de “habitantes da terra” porque isso expressa o objeto da confiança deles e talvez do seu próprio ser, na medida que eles se tornaram parte do sistema terreno em que encontram segurança – tornaram-se como ele. Porque eles se comprometeram com algum elemento da terra, eles se tornam terrenos e vêm a ser conhecidos como “habitantes da terra”.

Jesus não existe para nos ajudar a adorar ídolos

  • Cristãos nunca devem esquecer que somos também inclinados aos mesmos tipos de idolatria que os “habitantes da terra”. Idolatria religiosa é frequentemente a mais perniciosa de todas. Idolatria religiosa usa Deus para saúde, bem-estar, sucesso e coisas do tipo; nessa grotesca inversão do evangelho, Deus é usado para nossa glória, como se não apenas nós devêssemos adorar a nós mesmos, mas Deus também deve ser nosso adorador. Esse tipo de pregação do falso evangelho é evidente sempre que Jesus é apresentado como um meio pelo qual um idólatra pode alcançar seu ídolo. Exemplos incluem promessas de que Jesus o fará rico, feliz, muito bem casado, excelente pai e assim por diante, como se Jesus existisse para ajudar a adorarmos nossos ídolos.

Traduzido por Carla Ventura
Fonte: iPródigo

3 de maio de 2011

Bin Laden: Justiça e Emoções (Divinas e Humanas)


Osama bin Laden está morto. E a morte do terrorista mais famoso levantou diversas opiniões e questionamentos:

  • Deus se alegrou?
  • Devemos nos alegrar?
  • Vingança? Justiça?
  • Amor aos inimigos?

Queremos ajudá-los a entender o assunto e a guiar suas emoções biblicamente.

Deus se Alegrou com a Morte de Osama bin Laden?

As emoções de Deus são complexas — semelhantes as suas, apenas um milhão de vezes mais. Neste momento, suas emoções sobre o Bin Laden não são simples, ou seja, não são únicas. Existem várias, e eles se misturam. Isso é uma coisa boa. Você é a imagem de Deus.

Em resposta à morte de Osama bin Laden, muito tweets e blogs têm citado a verdade bíblica de que “Deus não se deleita na morte dos ímpios”. Isso é verdade.

Também é verdade que Deus, sim, se deleita na morte dos ímpios. Há coisas sobre cada morte que Deus aprova, por si só e coisas sobre cada morte que Deus desaprova em si mesmo.

Seria Deus indeciso?

Isso não é conversa sem sentido. Todas as pessoas pensativas fazem tais distinções. Por exemplo, se a minha filha me pergunta se eu gostei de um filme, eu poderia dizer sim ou não para o mesmo filme. Por quê? Como um filme pode ser avaliado por sua 1) atuação, 2) trama, 3) cinematografia, 4) nudez, 5) blasfêmias, 6) suspense, 7) complexidade, 8) fidelidade à fonte, 9) reverência a Deus, 10 ) retrato exato da natureza humana, etc., etc., etc.

Então, minha resposta é quase sempre “sim, em alguns aspectos, e não, em outros”. Mas às vezes eu vou simplesmente dizer que sim, e, às vezes, não, por causa de circunstâncias atenuantes.

Aqui é por isso que digo que Deus aprova e desaprova a morte de Osama bin Laden:

Em certo sentido, Deus não tem prazer na morte humana:

Desejaria eu, de qualquer maneira, a morte do ímpio? diz o Senhor DEUS; Não desejo antes que se converta dos seus caminhos, e viva? … Porque não tenho prazer na morte do que morre, diz o Senhor DEUS; convertei-vos, pois, e vivei. (Ezequiel 18:23, 32).

Em outro sentido, Deus tem prazer na a morte e no julgamento do não-arrependido:

Assim se cumprirá a minha ira, e satisfarei neles o meu furor, e me consolarei; (Ezequiel 5:13)

[A Sabedoria clama:] Antes rejeitastes todo o meu conselho, e não quisestes a minha repreensão, também de minha parte eu me rirei na vossa perdição e zombarei, em vindo o vosso temor. (Provérbios 1:25-26)

Alegra-te sobre ela, ó céu, e vós, santos apóstolos e profetas; porque já Deus julgou a vossa causa quanto a ela. (Apocalipse 18:20)

E será que, assim como o SENHOR se deleitava em vós, em fazer-vos bem e multiplicar-vos, assim o SENHOR se deleitará em destruir-vos e consumir-vos. (Deuteronômio 28:63)

Nós não devemos anular qualquer uma destas passagens, mas pensar nosso caminho através de como elas podem ser todas verdadeiras.

Deus não é malicioso ou Sanguinário

Minha sugestão é que a morte e a miséria do impenitente em si próprias não são um prazer para Deus. Deus não é um sadista. Ele não é malicioso ou sanguinários. A morte e o sofrimento considerados por si só não são o seu deleite.

Ao contrário, quando uma pessoa rebelde, ímpia e descrente é julgada, o que Deus tem prazer é na exaltação da verdade e da justiça e na defesa de sua própria honra e glória.

Quando Moisés adverte Israel que o Senhor terá prazer em trazer ruína sobre eles e destruí-los se eles não se arrependerem (Deuteronômio 28:63), ele quer dizer que aqueles que se rebelaram contra o Senhor e estão além de arrependimento não serão capazes de se regozijar no fato que fizeram o Todo-Poderoso miserável.

Deus não é derrotado nos triunfos de seu justo julgamento. Muito pelo contrário. Moisés diz que quando eles são julgados, eles involuntariamente providenciaram uma ocasião para Deus se alegrar na manifestação da Sua justiça, do Seu poder e do infinito valor da Sua glória (veja também Romanos 9:22-23).

Um aviso

Que isto seja um aviso para nós: Deus não é zombado. Ele não será preso, encurralado ou coagido. Mesmo no caminho para o Calvário havia legiões de anjos à Sua disposição: “Ninguém tira minha vida de mim, mas eu a dou por minha espontânea vontade“, pela alegria que lhe fora proposta.

No único ponto da história do universo onde Deus pareceu encurralado, Ele estava no comando, fazendo precisamente o que Ele queria — morrendo para justificar o ímpio, como eu e você.

Por John Piper © Desiring God.


Website: desiringGod.org.

Original: Is God Glad Osama Bin Laden’s Dead?

Tradução: voltemosaoevangelho.com

Como nós cristãos devemos agir?

Christopher Morgan escreve:

“… tenho a tendência em pensar que nós podemos lamentar de forma justa que Osama Bin Laden se opôs ao Deus vivo e verdadeiro e será punido adequadamente. Mas nós também podemos nos alegrar da mesma forma na derrota e no julgamento que recai sobre pessoas que são más – e ele era claramente mal e merecedor de toda punição que a terra poderia dar.”

Leia o artigo completo abaixo.


Justiça foi feita?

Mauro Meister escreve:

De acordo com Paulo, “a autoridade é ministro de Deus…, vingador, para castigar o que pratica o mal”. Neste caso, temos um sentimento comum e claro de que o terrorismo é mau, maligno e promove todo tipo de males, de forma aberta, como uma forma de dominação e opressão. [...] A ação americana foi justa e digna no ambiente da guerra contra o terror e, certamente, serviu como ministro de Deus nesta situação. [...] As ações terroristas são covardes e são dignas da reação pela espada. Não foi o bem contra o mal. Foi o estado como ministro de Deus contra o mal. Não está em julgamento aqui a probidade moral do estado americano, mas sua função.

Leia o artigo completo no O Tempora, O Mores.

Leia também sobre a questão da pena de morte.

Luta, Alegria: A Morte de Osama Bin Laden


Osama bin Laden está morto.

Como nós Cristãos devemos reagir?

Assistindo às notícias, várias passagens me vieram a mente – tudo desde o ensinamento de Jesus sobre amar e orar pelos inimigos, até uma cena forte citada por Tiago sobre um futuro matadouro vindo sobre os opressores do povo de Deus. Quanto mais eu reflito nisso, mais me dou conta que minha tensão interna é similar aquela outra que senti muitas vezes antes – relacionada com a doutrina bíblica do inferno.

Por mais estranho que possa parecer, o inferno é retratado na Bíblia como tragédia e vitória. O inferno é trágico, assim como é horrível que pessoas se rebelem contra Deus e persistentemente desprezam o Salvador. Deus retarda a sua cólera, é “abundante em amor e fidelidade” (Ex. 34:6-7), e não tem prazer em punir o perverso, Ele só não encontra satisfação na existência do pecado (Ez. 18:23). Jesus, da mesma maneira, ficou de luto e lamentou sobre a perdição humana, o pecado e o juízo iminente (Mt. 23:37; Lc. 19:41; Lc. 23:34). O apóstolo Paulo também partilhou sua perspectiva, sinceramente desejando e orando para a conversão dos seus companheiros Judeus perdidos, mesmo a ponto de estar disposto a sofrer a ira de Deus por eles (Rm. 9:1-6; Rm. 10:1). O fato de pecadores irem ao inferno é trágico e deve quebrantar nossos corações.

Porém o inferno é também retratado como o triunfo de Deus. O inferno é ligado ao Seu justo julgamento e ao dia de Yahweh, também chamado “o dia da ira de Deus” (Rm. 2:5). Como tal, o inferno responde (e não levanta) questões fundamentais relacionadas com a justiça de Deus. Através da ira vindoura, julgamento e inferno, a vitória final de Deus sobre o mal é exibida e Sua justiça é vindicada. Há um “conforto” para o inferno (2Tes. 1:5-11; Tg. 5:1-6; Ap. 18-22), como sua dura realidade oferece esperança e encoraja a perseverança nos santos perseguidos. Deus irá julgar a todos, e Ele vai vingar Seu povo; Deus vai vencer no fim e a justiça irá prevalecer. E por intermédio do Seu justo julgamento e da vitória final, Deus irá glorificar a Si mesmo, exibindo Sua grandeza e recebendo o louvor que é devido (Rm. 9:22-23; Ap. 6:10; Ap. 11:15-18; Ap. 14:6-15:4; Ap. 16:5-7; Ap´. 19:1-8).

Embora a comparação não seja perfeita e também por ser em menor escala, tenho a tendência em pensar que nós podemos lamentar de forma justa que Osama Bin Laden se opôs ao Deus vivo e verdadeiro e será punido adequadamente. Mas nós também podemos nos alegrar da mesma forma na derrota e no julgamento que recai sobre pessoas que são más – e ele era claramente mal e merecedor de toda punição que a terra poderia dar. As danças nas ruas podem não ser meramente um nacionalismo Americano, mas uma resposta apropriada para a exibição parcial da justiça humana, enquanto aguardamos a exibição final e perfeita da justiça divina no tempo que há de vir.

Christopher Morgan serve como professor de teologia e reitor da Escola de Ministros Cristãos da Universidade Batista da Califórnia em Riverside. Ele é co-editor do livro “Hell Under Fire: Modern Scholarship Reinvents Eternal Punishment” e “Faith Comes by Hearing: A Response to Inclusivism”.

Por Christopher Morgan


Traduzido por Dennis Nery

Fonte: iPródigo.com | Original aqui