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26 de agosto de 2010

O mundo está cheio de garotos que se barbeiam

por Mark Driscoll


O mundo de hoje está cheio de garotos que se barbeiam

Historicamente, um rapaz passava por duas fases na vida: menino, depois homem. A transição da criança para adulto estava relacionada com cinco variáveis sociais que aconteciam quase sempre simultaneamente ou em um período curto de tempo: Deixar a casa dos pais (Gênesis 2.24); terminar os estudos (ou treinamento vocacional); começar um trabalho que definiria a carreira, não apenas um temporário; conhecer uma mulher, amá-la, honrá-la, cortejá-la e então casar-se com ela; ter filhos com ela.

Mas veja o que aconteceu. Ao invés de sair da infância para a vida adulta por meio dessa sucessão de transições sociológicas, nós criamos algo chamado adolescência. É um terceiro estágio, entre o menino e o homem. Não sabemos como chamá-los, então chamamos de garotos. São os garotos que se barbeiam.

Hoje, a adolescência começa por volta dos doze anos e continua indefinidamente. Não há um fim claro para ela. O problema com a adolescência é que os garotos não sabem quando finalmente crescerão para se tornarem adultos, e não há pressão sobre eles para que isso aconteça.

É quando você faz 16 e pode dirigir? Ou 18, e pode votar e ingressar no exército? Ou 21, quando você pode beber? ¹. É quando você sai da faculdade após estudar lá por 7 ou 8 anos? É quando você se casa? Quando tem filhos? Quando compra um imóvel? Ninguém sabe. Assim, sobra uma adolescência indefinida e uma epidemia da Síndrome de Peter Pan onde homens querem ser meninos para sempre.

Para onde você vai? Vá a Escritura. Em 1 Coríntios 11.7, Paul diz que um homem é “imagem e glória de Deus”. Ele deve refletir a verdade, a bondade, o amor e a misericórdia de Jesus, seu Deus e Salvador. Ele é a glória de Deus. E eu ainda tenho esperança nesses garotos. Quando vejo um garoto, não vejo um viciado em pornografia, rato de internet, jogador de World of Warcraft², um daqueles garotos que se junta com mais outros 20 garotos e pagam 5 reais por mês pelo aluguel de um apartamento e comem pizza o dia inteiro e chama essa situação de bar mitzvah³.

Eu tenho fé nesses garotos porque eles são a glória de Deus. Eles são a glória de Deus. Obviamente, há alguma coisa a ser feita, com certeza. Mas vocês homens são a glória de Deus. E Deus quer que sua glória brilhe através de vocês. Deus quer que seu reino seja feito visível através de vocês. Deus quer que vocês sejam seus filhos. Deus quer que vocês, pelo poder do Espírito Santo, sigam o exemplo de Jesus, e atentem para o exemplo de João.

Não me importo se você comprar uma picape, ou se joga videogame e arrasa na guitarra. Eu realmente não me importo. O problema é quando essas coisas prevalecem, predominam e são preeminentes na sua vida. Alguns garotos podem vir argumentar comigo e dizer “nada disso é pecado”. Não, mas às vezes é idiota. É bobo. Totalmente bobo. Você é despedido porque perdia tempo no trabalho tentado subir de nível para se tornar líder do clã4. Isso é bobeira. Totalmente bobo. Você trabalha apenas meio período para poder tocar mais guitarra. Isso é bobeira. Totalmente bobo. Você gasta todo seu dinheiro em um carro novo, brinquedos, eletrônicos, apostas ou bolão do campeonato de futebol. Bobeira. Alguns vão dizer “nada disos é pecado”. Comer a grama que você deveria aparar também não é. É só idiota. E também não vai te levar a lugar algum. Há um monte de coisas que garotos cristãos fazem que não é errado, é só idiota.

Vocês são a glória de Deus. O que significa ser um homem. João é um grande exemplo. Ele não gastou sua juventude fazendo download de pornografia, estourando a conta do cartão de crédito, passando sete anos na faculdade, tentando ser o rei das apostas de futebol ou basquete, determinado a beber cada vez mais latas de cerveja no happy hour e conquistar mais mulheres que todos os outros garotos para mostrar que é um homem de verdade. Isso não tem nada de homem. Só de garoto que se barbeia.

João nos mostra o que é um homem de verdade: ele era cheio do Espírito. Ele humildemente prepara o caminho para Jesus. Um evangelista que segue a carreira de levar outras pessoas a Jesus. Um homem que sempre dá mais do que recebe. Um produtor, não um consumidor.

Homens, vocês devem ser criadores e cultivadores. Se vocês querem ser imagem de Deus, seu Deus é criador e cultivador. Você cria um casamento e o cultiva com sua esposa. Você cria uma criança com ela, e a cultiva. Você cria o legado de uma nova família que durará gerações e o cultiva. Você cria uma carreira e a cultiva. Você cria um ministério e o cultiva. Você deseja ser um homem? Seja um criador e cultivador. Seja um produtor, não um consumidor. Seja um doador, não um recebedor. Traga vida, não morte.
Esse não é o caminho mais fácil. É o caminho que mais glorifica a Deus. Trilhe esse caminho, como João trilhou.

¹ Regras dos Estados Unidos
² Jogo de computador jogado via internet
³ Ritual Judaico tradicional de transição
4 Situações do já citado World of Warcraft

Traduzido por Filipe Schulz | iPródigo.com

Quem são os seus amigos?

Quem são seus amigos? from iPródigo on Vimeo.





Fonte: iPródigo

25 de agosto de 2010

Quão Singular e Maravilhoso é o Amor de Cristo!


por John Piper

Por muitos anos, tenho procurado entender como a centralidade de Deus em Si mesmo se relaciona com o seu amor por pecadores como eu. Muitas pessoas não vêem a paixão de Deus por sua própria glória como um ato de amor. Uma das razões para isto é o fato de que temos absorvido a definição do mundo a respeito do amor. O mundo diz: você é amado quando é mimado.

O maior problema desta definição de amor é que, ao tentarmos aplicá-la ao amor de Deus por nós, ela distorce a realidade. O amor de Deus por nós não se revela principalmente em que Ele nos valoriza, e sim em que Ele nos dá a capacidade de nos regozijarmos em apreciá-Lo para sempre. Se centralizamos e focalizamos o amor de Deus em nosso valor, estamos nos afastando do que é mais precioso, ou seja, Ele mesmo. O amor labuta e sofre para nos cativar com aquilo que é infinita e eternamente satisfatório: Deus mesmo. Por conseguinte, o amor de Deus labuta e sofre para aniquilar nossa escravidão ao ídolo do “eu” e focalizar nossas afeições no tesouro de Deus.

Podemos ver isto, de maneira surpreendente, na história da enfermidade e morte de Lázaro, em João 11.1-6:

1- Estava enfermo Lázaro, de Betânia, da aldeia de Maria e de sua irmã Marta.

2- Esta Maria, cujo irmão Lázaro estava enfermo, era a mesma que ungiu com bálsamo o Senhor e lhe enxugou os pés com os seus cabelos.

3- Mandaram, pois, as irmãs de Lázaro dizer a Jesus: Senhor, está enfermo aquele a quem amas.

4- Ao receber a notícia, disse Jesus: Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado.

5- Ora, amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro.

6- Quando, pois, soube que Lázaro estava doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde estava.

Observe três coisas admiráveis:

1. Jesus escolheu deixar Lázaro morrer. No versículo 6, lemos: “Quando, pois, soube que Lázaro estava doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde estava”. Não houve pressa. A intenção de Jesus não era impedir o sofrimento da família, e sim ressuscitar Lázaro dentre os mortos. Isto seria verdade mesmo se Lázaro já estivesse morto, quando o mensageiro chegou a Jesus. Ele deixou Lázaro morrer ou permaneceu por mais tempo, para deixar evidente que não tinha pressa de trazer alívio imediato ao sofrimento. Algo mais importante O impelia.

2. Jesus era motivado pelo amor para com a glória de Deus, manifestada em seu tremendo poder. No versículo 4, Ele disse: “Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado”.
3.Entretanto, tanto a decisão de deixar Lázaro morrer como a motivação de glorificar a Deus foram expressões de amor para com Maria, Marta e Lázaro. O evangelista João nos mostra isto pela maneira como ele uniu os versículos 5 e 6: “Ora, amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro. Quando, pois, soube que Lázaro estava doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde estava”.

Oh! Muitas pessoas — inclusive crentes — murmurariam por haver Jesus, insensivelmente, deixado Lázaro morrer e permitir que Marta, Maria e Lázaro e outros passassem por aquele sofrimento e infelicidade! E, se os nossos contemporâneos percebessem que Jesus fez isso motivado pelo desejo de magnificar a glória de Deus, quantos não considerariam a atitude de Jesus como insensível e severa? Isto revela quanto a maioria das pessoas estima levar uma vida livre de sofrimentos muito mais do que estima a glória de Deus. Para a maioria das pessoas, o amor é aquilo que coloca o bem-estar humano como o centro de tudo. Por conseguinte, o comportamento de Jesus é ilógico para tais pessoas.

Não podemos ensinar a Jesus o que o amor significa. Não podemos instruí-Lo a respeito de como Ele nos deve amar e colocar-nos no centro de tudo. Devemos aprender dEle o que significa o amor e o que é o verdadeiro bem-estar. O amor é fazer tudo que for necessário para ajudar os outros a verem e experimentarem a glória de Deus em Cristo, para todo o sempre. O amor mantém a Deus no centro, porque a alma foi criada para Deus.

Nas palavras de sua oração, Jesus confirma que estamos certos: “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo” (Jo 17.24). Podemos presumir que esta oração seja um ato de amor de Jesus. Mas, o que Ele pediu? Pediu que, no fim, vejamos a sua glória. O amor dEle por nós O torna central. Jesus é o único Ser cuja auto-exaltação é um ato sublime de amor. Isto é verdade porque a realidade mais satisfatória que podemos conhecer é Jesus. Portanto, para nos dar esta realidade, Ele tem de dar-nos a Si mesmo. O amor de Jesus O impeliu a orar e a morrer por nós, não para que o nosso valor se tornasse central, e sim para que a glória dEle se tornasse central e pudéssemos vê-la e desfrutá-la por toda a eternidade. “Pai, a minha vontade é que... estejam também comigo... para que vejam a minha glória”. Isto é o que significa para Jesus o amar-nos. O amor divino labuta e sofre para nos cativar com aquilo que é infinita e eternamente satisfatório: Deus em Cristo. Oh! Que vejamos a glória de Cristo — pela qual Ele deixou Lázaro morrer e pela qual Ele foi à cruz.


Extraído do livro: Penetrado pela Palavra, de John Piper.
Fonte: Voltemos ao Evangelho

16 de agosto de 2010

Matt Chandler - Desviados

Deus é o Evangelho


por John Piper

Você já se perguntou por que o perdão de Deus é valioso? Ou, se a vida eterna é valiosa? Já se perguntou por que alguém quer ter a vida eterna? Por que desejamos viver para sempre? Estas questões são importantes por ser possível desejarmos perdão e vida eterna por motivos que comprovam que não os temos.

Por exemplo, considere o assunto do perdão. Talvez você queira o perdão de Deus por que está muito infeliz com sentimentos de culpa. Você quer alívio. Se puder crer que Deus o perdoa, você terá algum alívio, mas não necessariamente a salvação. Se quer o perdão somente por causa de alívio emocional, você não receberá o perdão de Deus. Ele não dá o seu perdão àqueles que o usam apenas para ter os dons dEle e não a Ele mesmo.

Ou, talvez, você queira ser curado de uma enfermidade ou conseguir um emprego e encontrar uma esposa. Então, você ouve que Deus pode ajudá-lo a obter estas coisas, mas que, primeiramente, seus pecados teriam de ser perdoados. Alguém o exorta a crer que Cristo morreu por seus pecados e lhe diz que, se você crer nisto, seus pecados serão perdoados. Conseqüentemente, você crê, a fim de que seja removido o obstáculo à sua saúde e consiga um emprego ou uma esposa. Isto é salvação pelo evangelho? Não creio que seja.

Em outras palavras, o que você espera receber por meio do perdão é importante. O motivo por que você deseja o perdão é importante. Se quer o perdão tão-somente por que deseja gozar da criação, então, o Criador não é honrado e você não é salvo. O perdão é precioso por uma única razão: ele o capacita a desfrutar da comunhão com Deus. Se esta não é razão por que você quer o perdão, você não o terá de maneira alguma. Deus não será usado como moeda para a compra de ídolos.

Também perguntamos: por que desejamos ter a vida eterna? Alguém pode responder: “Porque o inferno é a alternativa dolorosa”. Outro pode dizer: “Porque não haverá nenhuma tristeza no céu”. Outro pode replicar: “Meus queridos foram para o céu, e quero estar com eles”. Outros poderiam sonhar com sexo e alimentos intermináveis, ou com algo mais nobre. Em tudo isso, Alguém está ausente: Deus.

O motivo salvífico para querermos a vida eterna é apresentado em João 17.3: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”. Se queremos a vida eterna por ela significar outra coisa, e não o regozijo em Deus, não teremos essa vida. Enganamos a nós mesmos dizendo que somos cristãos, se usamos o glorioso evangelho de Cristo para buscar o que amamos mais do que buscamos o próprio Cristo. As “boas-novas” não se comprovarão como boas para qualquer pessoa que não tenha a Deus como seu principal bem.

Jonathan Edwards apresentou esta verdade em um sermão1 à sua igreja, em 1731. Leia estas palavras lentamente e permita que elas o despertem para a verdadeira vida e o verdadeiro bem do perdão.

Os redimidos têm todo o seu verdadeiro bem em Deus. Ele mesmo é o grande bem que possuem e desfrutam por meio da redenção. Deus é o bem mais sublime, a suma de todo o bem que Cristo adquiriu. Deus é a herança dos santos; é o quinhão da alma deles. Ele é a riqueza e o tesouro, o alimento, a vida, a habitação, o ornamento e a coroa, a glória eterna e duradoura dos santos. Eles não têm nada no céu, exceto a Deus. Ele é o grande bem no qual os crentes são recebidos na morte e para o qual eles devem ressurgir no fim do mundo. O Senhor Deus, Ele é a luz da Jerusalém celestial; é o “rio da água da vida” que corre e a “árvore da vida” que cresce “no paraíso de Deus”. As gloriosas excelências e belezas de Deus fascinarão para sempre a mente dos santos, e o amor de Deus será o deleite eterno deles. Com certeza, os redimidos desfrutarão outras alegrias. Eles se alegrarão com os anjos e uns com os outros. Mas aquilo que lhes encantará nos anjos e uns nos outros, ou em qualquer outra coisa; aquilo que lhes proporcionará deleite e felicidade será o que de Deus poderá ser visto neles.



Extraído do livro: Penetrados pela Palavra, de John Piper. Fonte: Voltemos ao Evangelho

5 de agosto de 2010

Believe....

Não Seja Mera Sombra e Eco


por John Piper

Não somos Deus. Por conseguinte, comprados com a Realidade absoluta e final, somos pequeníssimos. Nossa existência é secundária e depende da absoluta Realidade de Deus. Ele é o único Ser auto-existente no universo. Somos derivados. Ele sempre existiu e não teve princípio. Portanto, ninguém Lhe deu forma. Nós, pelo contrário, recebemos forma. Ele simplesmente é. Nós, porém, fomos criados. “Eu sou o que sou” é o nome dEle (Êx 3.14).

No entanto, visto que Ele nos fez com o mais sublime propósito para uma criatura — desfrutar e manifestar a glória do Criador — podemos ter uma vida bastante substancial, que dura para sempre. Esta é a razão por que fomos criados (“Tudo foi criado por meio dele e para ele” — Cl 1.16). Esta é a razão por que nossa sexualidade foi redimida (“Fugi da impureza... Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” — 1 Co 6.18, 20). Esta é a razão por que comemos e bebemos (“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” — 1 Co 10.31). Esta é a razão por que oramos (“E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho” — Jo 14.13). Esta é a razão por que fazemos boas obras (“Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus — Mt 5.16).

Esta é a razão por que existimos — manifestar a glória de Deus. A vida humana é completamente centralizada em Deus. Este é o significado de sermos humanos. Nossa natureza foi criada para engrandecer a Deus. A nossa glória consiste em dar glória a Deus. Quando cumprimos esta razão de sermos, temos substância. Existe valor e significado em nossa existência. Conhecer, desfrutar e manifestar a glória de Deus é um compartilhamento da glória de Deus. Não nos tornamos Deus. Mas um pouco da grandeza e beleza de Deus está sobre nós, quando cumprimos este propósito de nossa existência — refletir a excelência de Deus. Esta é a nossa substância.

Não cumprir este propósito para a existência humana corresponde a ser uma mera sombra da substância que Deus tencionava possuirmos quando nos criou. Não manifestar a glória de Deus por desfrutarmos dEle mesmo, acima de qualquer outra coisa, é ser apenas um eco da música que Deus tencionou que faríamos quando nos criou.

Esta é uma grande tragédia. Os seres humanos não foram criados para serem apenas sombras e ecos. Fomos criados para termos as características de nosso Deus, para fazermos música divina e causarmos um impacto divino. Isto é o que significa ser criado à imagem de Deus (Gn 1.27). Mas, quando os homens abandonam o seu Criador e amam mais as outras coisas, eles se tornam semelhantes às coisas que amam — insignificantes, fúteis, sem valor, inconseqüentes e depreciadores de Deus.

Veja como o salmista apresentou este fato: “Os ídolos das nações são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca e não falam; têm olhos e não vêem; têm ouvidos e não ouvem; pois não há alento de vida em sua boca. Como eles se tornam os que os fazem e todos os que neles confiam” (Sl 135.15-18; veja também Sl 115.4-8).

Pense e trema. Você se torna semelhante às coisas feitas pelos homens e nas quais você confia: mudo, cego, surdo. Isto é uma sombra da existência. É um mero eco do que Deus tencionou você deveria ser. É uma mímica vazia no palco da História, com muito movimento e pouco significado.

Querido leitor, não seja sombra e eco. Livre-se do espírito de centralidade no homem, uma epidemia de nossa época. Olhe com determinação, para ver, conhecer e desfrutar a vida na luz do Senhor. “Vinde, ó casa de Jacó, e andemos na luz do Senhor” (Is 2.5). Na luz do Senhor, você O verá, bem como a todas as coisas como realmente são. Você despertará da sonolência de uma existência na terra das sombras. Você anelará por substância e a encontrará. Fará de sua vida uma música divina. A morte será apenas uma viagem rumo ao Paraíso. E o que você deixar para trás não serão sombras e ecos, e sim um tributo na terra, escrito no céu, à triunfante graça de Deus.


Fonte: Voltemos ao Evangelho
Extraído do livro: Penetrado pela Palavra, de John Piper.
Copyright: © Editora FIEL 2009

4 de agosto de 2010

Não despreze as coisas simples da vida!!



Pensando sobre ministério e preocupado com seu preparo “teológico”?
Considere que alguns dos maiores “pastores-teólogos” (escritores da Bíblia) eram profundamente envolvidos em ocupações comuns e nas coisas simples da vida por décadas antes que Deus abrisse a porta para o ministério. Por exemplo, considere as palavras de Jeffery Niehaus que nos lembram do chamado e capacitação de Moisés:
“Quando Moisés foge para Midiã, ele aprende a ser um marido (Ex. 2:2), um pai (v.22) e um pastor (3:1). Essas [coisas simples] são fatos teologicamente importantes para ele, porque agora ele encontra o Deus que escolheu tornar-se um marido (Jr. 31:32; Ez 16; – ambos refletindo os eventos em Êxodo), um pai (Dt 1:31), e um pastor (Gn 49:24) para o seu povo. (God at Sinai: Covenant & Theophany in the Bible and the Ancient Near East, 185 )”
Por 40 anos, Moisés aprendeu as coisas simples da vida – cuidar de uma esposa, liderar uma família, cuidar de um rebanho. Cada uma dessas coisas o preparou para seu ministério com Israel, e sua capacidade de gravar a Palavra de Deus. Da mesma forma, para nós, casamento e trabalho, as tarefas comuns porém significantes que todos os humanos desfrutam (ou detestam), nos preparam para um serviço cristão maior. De fato, 1 Timóteo 3 desqualifica ministros que falham no lar. Assim, casamento (que ilustra o amor de Cristo pela igreja), paternidade (que reflete o amor de Deus por seus filhos adotivos) e vocação (que requer criatividade inteligente, organização e força física, nos lembra da obra de Deus no mundo), todos demonstram aspectos sobre Deus e seu evangelho. E assim, todas essas “coisas simples” preparam a você e a mim para um serviço mais frutífero.
O exemplo de Moisés nos ensina a parar de temer um treinamento insuficiente e a lembrar o fato de que para aqueles que Deus chamou, ele vai usar toda a vida para nos preparar para nosso ministério ”recebido” (conforme João 3:27; Colossenses 4:17). Então, enquanto temos que procurar formas de aumentar nosso conhecimento de Deus (conforme Salmos 111:2 e 2 Pedro 3:18), devemos ao mesmo tempo perceber que toda a vida aponta para Deus, e nos prepara para serviço útil – com ou sem “treinamento teológico”.
Nas coisas simples estão escondidas as coisas principais, se nós olharmos para elas com os olhos da fé e com mentes renovadas pela Palavra de Deus.
Desta forma, Deus nos lembra que ele é o único que nos prepara para seu serviço, e que nossos planos são realizados de acordo com a direção dele para nossos passos (Pv 16:9). Que nós procuremos a Deus e o vejamos em tudo na vida, de tal forma que possamos comunicar melhor as verdades divinas da Palavra de Deus à medida que encontramos a rotina diária da vida.

Por David Schrock/Traduzido por Daniel TC
Fonte: iPródigo

Amor de mãe ajuda a lidar com stress da vida adulta!!!



Beijos, abraços e todo tipo de carinho vindo da mãe ajudam o ser humano a enfrentar melhor o stress da vida adulta. Esta é a conclusão de um estudo realizado com 500 pessoas nos Estados Unidos, ao longo de 30 anos. Joanna Maselko, líder da pesquisa, observou que níveis altos de afeto materno facilitam a criação de laços e envolvimento humano. Além de reduzir o stress na criança, ainda pode ajudá-la a desenvolver habilidades sociais até a fase adulta. Inicialmente, os pesquisadores avaliaram a qualidade da interação entre mães e bebês durante consultas rotineiras. Um psicólogo observou e deu uma nota para a forma como a mãe reagia às necessidades e emoções da criança. Cerca de 30 anos depois, eles voltaram a procurar os pacientes, agora adultos, e fizeram uma série de perguntas sobre bem-estar e condição emocional. Além disso, os entrevistados tinham que responder se achavam que suas mães tinham sido carinhosas.

Os resultados revelaram que as crianças de mães mais carinhosas eram capazes de lidar com o stress e a ansiedade melhor do que as outras, que receberam menos atenção. Segundo os estudiosos, estes resultados aumentam os indícios de que a infância é a base para a construção de uma vida adulta sólida. Contudo, a influência de outros fatores, como a personalidade, educação em casa e na escola não podem ser descartados.

O estudo foi publicado no periódico americano Journal of Epidemiology and Community Health.

Fonte: Veja
Via: Saúde e Família