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3 de maio de 2011

Luta, Alegria: A Morte de Osama Bin Laden


Osama bin Laden está morto.

Como nós Cristãos devemos reagir?

Assistindo às notícias, várias passagens me vieram a mente – tudo desde o ensinamento de Jesus sobre amar e orar pelos inimigos, até uma cena forte citada por Tiago sobre um futuro matadouro vindo sobre os opressores do povo de Deus. Quanto mais eu reflito nisso, mais me dou conta que minha tensão interna é similar aquela outra que senti muitas vezes antes – relacionada com a doutrina bíblica do inferno.

Por mais estranho que possa parecer, o inferno é retratado na Bíblia como tragédia e vitória. O inferno é trágico, assim como é horrível que pessoas se rebelem contra Deus e persistentemente desprezam o Salvador. Deus retarda a sua cólera, é “abundante em amor e fidelidade” (Ex. 34:6-7), e não tem prazer em punir o perverso, Ele só não encontra satisfação na existência do pecado (Ez. 18:23). Jesus, da mesma maneira, ficou de luto e lamentou sobre a perdição humana, o pecado e o juízo iminente (Mt. 23:37; Lc. 19:41; Lc. 23:34). O apóstolo Paulo também partilhou sua perspectiva, sinceramente desejando e orando para a conversão dos seus companheiros Judeus perdidos, mesmo a ponto de estar disposto a sofrer a ira de Deus por eles (Rm. 9:1-6; Rm. 10:1). O fato de pecadores irem ao inferno é trágico e deve quebrantar nossos corações.

Porém o inferno é também retratado como o triunfo de Deus. O inferno é ligado ao Seu justo julgamento e ao dia de Yahweh, também chamado “o dia da ira de Deus” (Rm. 2:5). Como tal, o inferno responde (e não levanta) questões fundamentais relacionadas com a justiça de Deus. Através da ira vindoura, julgamento e inferno, a vitória final de Deus sobre o mal é exibida e Sua justiça é vindicada. Há um “conforto” para o inferno (2Tes. 1:5-11; Tg. 5:1-6; Ap. 18-22), como sua dura realidade oferece esperança e encoraja a perseverança nos santos perseguidos. Deus irá julgar a todos, e Ele vai vingar Seu povo; Deus vai vencer no fim e a justiça irá prevalecer. E por intermédio do Seu justo julgamento e da vitória final, Deus irá glorificar a Si mesmo, exibindo Sua grandeza e recebendo o louvor que é devido (Rm. 9:22-23; Ap. 6:10; Ap. 11:15-18; Ap. 14:6-15:4; Ap. 16:5-7; Ap´. 19:1-8).

Embora a comparação não seja perfeita e também por ser em menor escala, tenho a tendência em pensar que nós podemos lamentar de forma justa que Osama Bin Laden se opôs ao Deus vivo e verdadeiro e será punido adequadamente. Mas nós também podemos nos alegrar da mesma forma na derrota e no julgamento que recai sobre pessoas que são más – e ele era claramente mal e merecedor de toda punição que a terra poderia dar. As danças nas ruas podem não ser meramente um nacionalismo Americano, mas uma resposta apropriada para a exibição parcial da justiça humana, enquanto aguardamos a exibição final e perfeita da justiça divina no tempo que há de vir.

Christopher Morgan serve como professor de teologia e reitor da Escola de Ministros Cristãos da Universidade Batista da Califórnia em Riverside. Ele é co-editor do livro “Hell Under Fire: Modern Scholarship Reinvents Eternal Punishment” e “Faith Comes by Hearing: A Response to Inclusivism”.

Por Christopher Morgan


Traduzido por Dennis Nery

Fonte: iPródigo.com | Original aqui

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