Muitas conversas são bastante previsíveis. Engrandeça a soberania de Deus na salvação e alguém inevitavelmente vai te lembrar de que Deus não criou robôs. Você então vai lembrar o seu amigo que pessoas mortas são passivas, apenas para fazer ele te lembrar de que Deus não deseja que ninguém pereça. Alerte para os perigos de tomar muito vinho e alguém vai, por sua vez, apresentar os louvores bíblicos ao vinho, e em pouco tempo de vai e vem na conversa, você pode apostar que alguém vai apontar que, às vezes, oinos, no grego original, significa suco de uva. Assim que a conversa começa, já sabemos como vai terminar.
É normal na minha família se arrumar para ir à igreja. Eu, em mais de uma ocasião, argumentei que nós adoramos casualmente um deus casual porque entramos em sua presença casualmente. Tenho dito que no Dia do Senhor, devemos nos vestir como se fôssemos encontrar com o Rei, porque nós, de fato, vamos encontrar o Rei. Eu já sei, por experiência, que não vai demorar muito até que alguém aponte o óbvio, que Deus não olha para o exterior, mas para o coração.
Essa pérola de sabedoria tem o intento de nos deixar confortáveis, mesmo em nossas roupas confortáveis. A mensagem implícita é que Jesus não se importa com o que você veste porque ele pode ver a pessoa maravilhosa que você é. Diferente dos Fariseus do mundo moderno que estão sempre julgando as pessoas, Jesus é realmente capaz de te entender. É bem verdade que Jesus está muito mais preocupado com o que está em nossos corações do que com o que está sobre nossos ombros. Também é verdade que Jesus sabe exatamente o que vai em nossos corações. O que me confunde, entretanto, é como isso deveria me confortar. Seria melhor que Jesus me julgasse baseado no meu terno recém saído da lavanderia, minha camisa muito bem passada e minha gravata alinhada, ou seria melhor que Ele me julgasse com base em meu coração desesperadoramente perverso, auto enganador e escuro como tinta nanquim?
O que a nossa roupa “venha como estás” diz sobre nós é que estamos nos encontrando com um deus “venha como estás”. Mas se nós viermos como estamos, por causa de quem nós somos, estamos caminhando diretamente para a ira de Deus; estamos indo diretamente para o inferno. O Deus que adoramos não é um deus “venha como estás”. Ele é, pelo contrário, o Deus vivo e verdadeiro que não pode sequer olhar para o pecado. Ele é um fogo consumidor, que insiste acima de tudo que deve ser tratado como santo.
Fonte: iPródigo
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