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21 de julho de 2009

A Verdadeira Natureza do Não Cristão!!!

por Vincent Cheung

Querendo ser mestres da lei, quando não compreendem nem o que dizem nem as coisas acerca das quais fazem afirmações tão categóricas. Sabemos que a Lei é boa, se alguém a usa de maneira adequada. Também sabemos que ela não é feita para os justos, mas para os transgressores e insubordinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreverentes, para os que matam pai e mãe, para os homicidas, para os que praticam imoralidade sexual e os homossexuais, para os sequestradores, para os mentirosos e os que juram falsamente; e para todo aquele que se opõe à sã doutrina. Esta sã doutrina se vê no glorioso evangelho que me foi confiado, o evangelho do Deus bendito. (1 Timóteo 1.7-11)

Deveríamos entender o que Paulo quer dizer quando escreve, “mas alcancei misericórdia, porque o fiz por ignorância e na minha incredulidade”. Ele não nega que era muito perverso, visto que chama a si de “blasfemo, perseguidor e insolente”. Ele não nega que era um pecador por ter agido em ignorância e incredulidade, visto que chama a si mesmo de “o pior dos pecadores”. Ele não quer dizer que sua ignorância e salvação mereceram salvação para ele ou compeliram Deus a salvá-lo, visto que então ele não teria necessidade de nenhuma “misericórdia” e “graça”. E, sem dúvida, nem todos os que agem em ignorância e incredulidade recebem misericórdia. Portanto, o “porque” em “mas alcancei misericórdia, porque o fiz por ignorância e na minha incredulidade” não pode se referir a algo que moveu Deus a salvar Paulo. Isso indica somente que ele estava numa condição que não era além da salvação. Isto é, ele não tinha cometido o pecado imperdoável, ou blasfêmia contra o Espírito Santo. Ou, ele não tinha caído sob a condenação de Hebreus 6.1-6 e 10.26-31.


Colocando de lado a confusão potencial acima, a declaração de Paulo sobre seu passado nos fornece insight sobre a verdadeira natureza de um não cristão.

Primeiro, um não cristão é uma pessoa ignorante – ele é estúpido. Da perspectiva do mundo, poucos eram mais instruídos e inteligentes que Saulo de Tarso. Mas a perspectiva do mundo é errada, visto que é o ponto de vista de homens tolos. Agora Paulo vê que ele era ignorante, e isso por extensão implica que os outros não cristãos são ignorantes também, visto que ele era superior a maioria deles nas opiniões dos não cristãos, incluindo a interpretação não cristã (e, dessa forma, falsa) da Lei. Os não cristãos são pessoas ignorantes, e ainda são culpados do pecado. Não devemos confundir ignorância com inocência.

Segundo, Paulo diz que agiu em incredulidade. Na Bíblia, incredulidade com muita frequência indica mais que uma mera falta de fé, mas uma hostilidade contra Deus e contra a verdade. Considere a incredulidade dos israelitas a quem Moisés tirou do Egito. Eles murmuraram contra Deus e se irritaram com Moisés em muitas ocasiões. E considere o próprio Paulo. Ele não era passivo em sua discordância com a fé cristã, mas abrigava um ódio profundo contra Cristo e aqueles que o seguiam, e isso se transformou em blasfêmia e violência. Não devemos confundir incredulidade com um ceticismo saudável contra afirmações improváveis. Incredulidade é uma hostilidade irracional e burra contra a verdade. É uma negação da realidade. Os não cristão vivem de ilusões, e não têm senso do que é verdadeiro e real.

O não cristão nunca é inteligente e nunca é inocente. E é contra esse pano de fundo que podemos apreciar a graça de Deus ainda mais. Paulo vê a si mesmo como um exemplo modelo. Se Cristo pôde exercer paciência para com alguém como ele, o pior dos pecadores, e se Cristo pôde manifestar sua graça a alguém como ele, então Deus fez de uma vez por todas a declaração que outros poderiam também receber o perdão e a salvação através de Jesus Cristo. Ao salvar alguém como Paulo, e ao salvar alguém como você, Cristo revela a grandeza de sua misericórdia, e honra o Pai demonstrando esse aspecto de sua natureza.

O resumo de Paulo do que aconteceu a ele exibe dois ingredientes essenciais de um preciso entendimento e pregação do evangelho. Primeiro, a verdadeira extensão da depravação do homem deve ser reconhecida. A estupidez e hostilidade do não cristão não pode ser obscurecida ou posta de lado, quer em nosso entendimento com respeito ao nosso estado antes da conversão, ou em nossa percepção e pregação com respeito ao estado presente dos não cristãos. Se você não pensa que os não cristãos são estúpidos e hostis, como você era antes de se tornar um cristão, então você nega o evangelho. Você nem mesmo reconhece plenamente a necessidade que o pecador tem do evangelho. Segundo, a graça de Cristo é anunciada contra esse pano de fundo de extrema tolice e depravação do homem, e como resultado, sua glória é revelada e magnificada.

Paulo escreve que os falsos mestres promovem mitos e controvérsias, em vez de fazer a obra de Deus. O que, então, é a obra de Deus? É a pregação dessa mensagem sobre a misericórdia de Deus ao salvar pecadores. É declarar a pecaminosidade do homem e anunciar a graça de Deus que resgata-o da condenação. Esse é o uso apropriado da Escritura, e nossa tarefa é publicar essa mensagem a todas as nações.

Fonte: Monergismo

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