Minha maior preocupação (que me levou a escrever o livro) é que muitos cristãos, especialmente na América, parecem estar tão fascinados com sucesso, popularidade, poder e prestígio quanto as pessoas que estão ao seu redor. Materialismo, consumismo, individualismo e narcisismo – ideais culturais que são a antítese da natureza sacrificial do Evangelho – estão prevalecendo tanto dentro da igreja, como fora. É triste que a igreja americana seja mais conhecida por produzir estrelas auto promovidas do que servos humildes.
Se cristãos praticantes fizessem uma lista honesta de quais objetivos e desejos os motivam, descobriríamos que eles não são realmente diferentes do mundo ao nosso redor. Portanto, não temos nenhum direito de apontar o dedo em acusação para aqueles que estão do lado de fora da igreja por conta da situação do mundo atualmente. Muitos estudos mostram que cristãos são praticamente iguais aos não cristãos no que se trata de buscar fama e fortuna. Cristãos querem se adaptar como qualquer pessoa. Então nós, como qualquer pessoa, gastamos nosso tempo, dinheiro e intelecto buscando o que todos estão buscando, seja lá o que for.
O problema é: eu quero ser um grande cristão, e eu quero que você também seja. Eu quero que a igreja esteja cheia de pessoas como Policarpo. Policarpo foi um homem cheio do Espírito; eu quero ser um homem cheio do Espírito. Toda a existência de Policarpo foi dedicada a Deus e seus caminhos ‘fora de moda’. Nada além disso pode explicar sua perspectiva divina durante o momento mais difícil de sua vida. Ele se recusou a desistir e se deixar levar. Para ele, seguir a Deus não era uma piada ou um concurso de popularidade. Era um homem inebriado por Deus que viveu sua vida coram Deo (perante a face de Deus) e que não tinha medo de qualquer coisa que esse mundo pudesse fazer a ele.
Eu não sei você, mas eu não quero brincar com a minha vida. Eu quero largar tudo em nome de Cristo. Eu não quero que minha espiritualidade tenha um quilometro de comprimento e um centímetro de profundidade. Eu quero ter a coragem de não me importar e ser fora de moda. Sinto-me envergonhado por aqueles momentos em que tenho medo de ser ridicularizado em nome de Cristo por que o mundo pode pensar que eu sou muito estranho. Eu quero seguir incansavelmente a Deus e a sua vontade, independentemente do que vão pensar de mim. Quero viver minha vida, como diriam os Puritanos, diante de “uma platéia Única”.
Cristãos que tentam convencer o mundo ao seu redor que não são diferentes em nada, esperando ser aceitos pelos padrões do mundo deveriam se envergonhar. É hora dos cristãos aceitarem o fato de que são pessoas peculiares. Já que os verdadeiros seguidores de Jesus receberam um novo coração e uma nova mente, devemos agir de acordo com um novo padrão, com objetivos e motivações diferentes. Tudo ao nosso respeito – nossa perspectiva sobre riquezas, estilo de vida e relacionamentos – deve ser fundamentalmente diferente do mundo ao nosso redor: “Adoramos o que não podemos ver, amamos o que não podemos tocar, e vivemos pelo que não podemos possuir”. Para o mundo ao nosso redor, isso vai parecer diferente, sem graça, e estranho; passou da hora dos seguidores de Jesus aceitarem isso.
Traduzido por Filipe Schulz
Fonte: iPródigo
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