Pages

10 de agosto de 2009

O pecado abominável de inventar desculpas para Deus.

Brandan Kraft

Deus não necessita de defensores. Ele não precisa de nada para justificar seus atos soberanos neste mundo. Ele é o Criador, o Formador e o Moldador. É o Todo-Poderoso. Por ser todo-poderoso, Deus detém controle absoluto de tudo o que criou. Nada do que ele faz pode ser injusto — todos os seus atos são retos. Inexiste lei capaz de considerá-lo injusto, por ser ele o legislador. Ele declarou o fim desde o princípio, e tem realizado, realizou e continuará a realizar toda a sua vontade(Is 46.10). Tudo o que acontece neste mundo ocorre apenas porque assim o
decretou o Senhor, de acordo com seu beneplácito. Quem reverencia o direito soberano do Senhor, e sua capacidade, de reger toda a criação como lhe apraz não vê necessidade de defender esta proposição. Todavia, existem alguns que afirmam se regozijar na soberania divina absoluta e, no entanto, sentem a necessidade de defendê-lo e justificá-lo perante o mundo.
O Senhor é soberano na salvação. Antes da fundação do mundo, ele elegeu alguns para a salvação e outros para a condenação apenas porque lhe aprouve (Rm 9.11) — não por alguma coisa boa ou má prevista. Alguns religiosos modernos não vêem razão para defender o que consideram “bom” — como a eleição soberana em Cristo. Porém, ainda que apreciem da boca para fora a eleição para a salvação, muitas vezes tentam justificar o decreto divino concernente à reprovação, ou
simplesmente o negam de forma absoluta. Por que os homens são condenados ao inferno? A resposta óbvia a esta pergunta é apresentada na Palavra divina: porque o Senhor o determinou segundo sua vontade. Não há necessidade de justificar a resposta! É verdade que os homens são pecadores e merecem a condenação eterna.
Mas por que eles são pecadores? Por que eles foram feitos pecadores? Não foi pelo fato de aprazer ao Senhor ser glorificado mediante a reprovação desses homens?
Esta não é uma pergunta difícil de responder, e qualquer tentativa de amenizá-la equivale a desonrar o Criador em seu governo soberano sobre tudo o que existe.

Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra ?
E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a
conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os
vasos da ira, preparados para a perdição; para que também
desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de
misericórdia, que para glória já dantes preparou, os quais
somos nós, a quem também chamou, não só dentre os
judeus, mas também dentre os gentios? (Rm 9.21-24 )




Fonte: Monergismo

Nenhum comentário:

Postar um comentário